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Arquivo Geral

19/01/2017 12h01

Tirando a Copa do Mundo, quando tivemos várias emissoras mostrando os jogos do Brasil, há tempos não vemos a seleção brasileira sem que possa ser na TV Globo ou seu braço na tevê fechada, o SporTV. Nada contra. É questão comercial: leva quem paga. Para o jogo de quarta-feira que vem, contra a Colômbia, porém, a situação será diferente. Como a partida surgiu para arrecadar fundos para as famílias das vítimas do acidente da Chapecoense, e não estava prevista no contrato entre a CBF e a Globo, a entidade máxima do futebol nacional decidiu liberar o sinal (em bom português: deixar que transmitam) para todas as emissoras interessadas. E sem custo. Como a intenção é conseguir dinheiro para as famílias, foi feita a solicitação de que, se desejarem, as emissoras contribuam para a caixinha – e diretamente com os beneficiados, sem passar pela CBF.
Para aqueles que gostam de criticar a CBF por qualquer coisa, não deixa de ser uma atitude para lá de louvável e, porque não dizer, surpreendente. Pelo menos duas emissoras estrangeiras (uma do Oriente Médio, outra da China) já manifestaram interesse na transmissão – não falaram em possíveis valores a serem doados. Daqui, várias emissoras “fechadas” já disseram que irão mostrar a partida. Resta saber, no fim das contas, quanto vai ser disponibilizado para ratear entre as famílias.

Protestos

Já que falamos em Chapecoense… Algumas mulheres de jogadores mortos estão criticando o clube pela demora no repasse de verbas prometidas.

Como não acompanho de perto o que foi combinado, nem o que vem sendo feito, procurarei não tomar partido, mas acredito que algumas questões devam ser esclarecidas e levadas em conta.

As esposas admitem que o seguro já foi pago – e, para quem conhece a tramitação e burocracia destas situações, não deixa de ser um fato surpreendente. As reclamações são relativas às rendas dos jogos beneficentes que foram realizados, com promessa de reversão da renda para ajuda humanitária. Uma das partidas citadas é o Jogo das Estrelas, de Zico, realizado dia 28 de dezembro no Maracanã. Há a necessidade de uma auditoria e, segundo o ex-craque rubro-negro, em alguns dias o dinheiro será liberado. Normal esta situação. O mesmo se pode dizer de outros jogos. É preciso que as famílias fiquem calmas.
O ponto de maior controvérsia, acredito, será com relação ao pagamento do prêmio pela conquista do título. A direção da Chapecoense fala em R$ 70 mil; algumas esposas afirmam que os maridos falavam em valores mais altos (não citam). E aí? Premiações por títulos são “bondades”, “incentivos” dos cartolas. Como ficará? E, sim, talvez os jogadores tenham comentado valores superiores contando, por exemplo, com algum “agrado” dos patrocinadores do clube – que talvez não sai mais. Vai ficar complicada esta situação, acreditem.

Até mesmo as reclamações de algumas esposas (que são acusadas pela diretoria do clube de insuflarem as demais), de que o clube estaria mais preocupado em remontar a equipe do que em auxiliá-las é controversa. A Chapecoense precisa continuar a existir, até para honrar os compromissos cobrados. E isso só irá acontecer com um time pronto para os amistosos (como o que será realizado contra o Palmeiras) e torneios oficiais que vêm por aí.

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