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Sem Firula

Não é choro

Arquivo Geral

11/12/2018 9h50

Vejam como são as coisas.

O River Plate, que não respeitou as regras ao levar ao vestiário da Arena Olímpico o treinador punido, na semifinal contra o Grêmio.

O River Plate, cuja torcida atingiu com pedras o ônibus do Boca Juniors, na partida de volta da final, provocando ferimentos em jogadores.

O River Plate, que deveria ser punido pela Conmebol.

Bem… O River Plate agora está dizendo que o Boca Juniors é chorão e que houve justiça na conquista da Libertadores de América de 2018.

Como que se estivesse prevendo o uso da palavra justiça, o colunista, após a partida, escreveu que não existe justiça no futebol.

Ainda mais quando o “justo” deveria ter sido punido – talvez nem chegando à decisão, o que teria evitado todos os demais problemas que aconteceram a partir de então.

Mas a Conmebol deve estar feliz.

Foram mais de 60 mil pagantes no Santiago Bernabeu (aliás, quem ficou com a bilheteria?).

Houve festa em Buenos Aires, apesar da chuva.

E o River Plate, que parece ser o atual queridinho da cartolagem continental, faturou.

Nem voltou para a Argentina.

Ficou pela Espanha e, de lá, voará para os Emirados Árabes, onde participará do Mundial de Clubes.

Claro que o time argentino, voando, divide o favoritismo com o Real Madrid.

Resta saber se irão chorar se a Fifa decidir punir alguém depois do jogo semifinal.

Reafirmo, porém: não é choro do Boca Juniors, não.

Seria apenas o cumprimento do regulamento.

Mas isso parece ser coisa muito complicada em nosso continente.

Obrigação

Achei muito interessante as manifestações dos correligionários do novo presidente do Flamengo, eleito sábado com mais de 60% dos votos.

O grupo, que fazia parte da atual administração, desentendeu-se e rachou.

Criaram um grupo do grupo. E venceram a eleição.

Na comemoração, ironizaram a situação afirmando que acabou o cheirinho porque agora o presidente é o Landim.

Esqueceram que até anteontem estavam no mesmo barco?

De qualquer forma, soa muito estranha a auto-ironia.

Agora, para todos os rubro-negros, ganhar todos os títulos é obrigação.

Resta saber se essa fixação não irá provocar um novo rombo nas finanças rubro-negras, trazendo o clube de volta aos tempos de penhoras e problemas financeiros.

Para a história

A decisão na Espanha entrará para a história, sem dúvida alguma.

Como deveriam entrar as atuações do xeneize Benedetto, que detonou o Palmeiras na semifinal e abriu o placar no jogo de Madri.

Só que o Boca Juniors venceu.

Com exceção de alguns torcedores brasileiros que estão pedindo a contratação do jogador, ele fará parte, certamente, de uma lista enorme de jogadores que brilharam mas…

Garanto que Benedetto trocaria os últimos gols feitos, e até a irônica careta da comemoração do gol, pelo título.

Entrará para a história, sim. Mas não como campeão.

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