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Sem Firula

Malandragem ou falta de caráter?

Arquivo Geral

13/11/2017 7h54

Decisão administrativa tardia ou apelação para agradar os torcedores?
A demissão de Guto Ferreira, pelo Internacional, após o empate diante do Vila Nova, tem grandes porções de muito do que se escreveu até aqui.
Ao contrário do América Mineiro, que ganhou e já garantiu o acesso à Série A, o Colorado, com o empate, ainda não se classificou.
Matemática e esportivamente falando, só não subirá se acontecer uma catástrofe na combinação de resultados – a situação é tão favorável que o Internacional pode não conquistar mais nenhum ponto e, mesmo assim, subir.
Então, por que a demissão, agora?
Simples… Se o Internacional demitisse Guto Ferreira depois que o acesso estivesse assegurado, o clube pagaria uma fortuna de indenização. Então, o que fizeram os malandros cartolas gaúchos? Mandaram embora o treinador enquanto, matematicamente, o clube ainda não garantiu sua ascensão à Série A.
É ou não falta de caráter, malandragem (porca) e que outras razões queiram dizer?
A revolta da torcida, talvez orquestrada pela cartolagem, não foi maior do que, quando iniciou o trabalho, Guto Ferreira sofreu. Só que, naquela época, o Internacional chegou a andar pelo 10º lugar na classificação da Série B.
Agora, que só um milagre às avessas o tira do acesso, é fácil demitir o treinador.
Ah… Quero deixar bem claro que não conheço Guto Ferreira e acho, até, que ele tem muito o que falar, ainda, sobre o caso da Portuguesa de 2013 (ele era o treinador, então, da Lusa). Só que não aceito essas atitudes sujas contra quem quer que seja.
Em que mãos?
O colunista não é contra ou favor de privatizações. Considera que cada caso é um caso e, como tal, deve ser avaliado. Alguns setores não podem, de forma alguma, ir parar na mão da iniciativa – a busca pelo lucro, legítimo, pode gerar problemas.
Mas… E no caso de um autódromo?
Escrevo isso, no dia seguinte ao GP do Brasil de Fórmula 1 (em tese uma prova que ficará, por um bom tempo, sem um piloto da casa), devido ao interesse da prefeitura de São Paulo (ou seria apenas do prefeito?) em privatizar Interlagos.
Dito assim parece simples. Só que, será que é só assim mesmo?
Com a saída de Felipe Massa, ficaremos algum tempo sem pilotos na Fórmula 1 (essa afirmativa depende, claro, de algum patrocinador aparecer e bancar algum piloto em alguma equipe inexpressiva). Que interesse, terá, então, a categoria – a mesma categoria onde já brilharam Ayrton Senna, Emerson Fittipaldi e Nelso Piquet (em ordem alfabética e citando apenas aqueles que conquistaram títulos) – para o Brasil?
Bernie Ecclestone, o manda-chuva da F-1 há anos, casado com uma brasileira, diz que faz parte de um dos grupos interessados na privatização. Ele sabe que temos um público potencial interessante e que nosso automobilismo é forte.
Repito, porém, a dúvida: vale a pena privatizar um autódromo? E deixá-lo na mão de estrangeiros, por exemplo?
Vou dar uma meia resposta: se for para evitar o fim do autódromo, como fizeram com o Rio de Janeiro, sim, vale a pena. E que se tragam, de novo, provas do Mundial de motos, de Fórmula Indy e sabe-se lá quais outras categorias (a Fórmula E está aí prontinha para conquistar torcedores). Só não afastem o Brasil do cenário do automobilismo mundial.
Sem dúvida
Será que alguém ainda tem coragem de dizer, ou pensar, que o Corinthians não vai ser campeão brasileiro deste ano?

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