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Arquivo Geral

29/11/2016 8h03

Atualizada 28/11/2016 9h04

Como já escrevi, a CBF acertou ao enviar, para São Paulo, a taça referente à conquista do título de campeão brasileiro pelo Palmeiras. Como as chances de o primeiro lugar ser definido no jogo contra a Chapecoense eram imensas, nada mais justo do que permitir ao time e aos torcedores festejarem juntos. E o que se viu após o apito final foi digno da grande festa pelo fim do jejum de quase 22 anos – aos críticos habituais, não esqueço que neste período aconteceram conquistas da Copa do Brasil, por exemplo, mas a referência ao jejum diz respeito ao Campeonato Brasileiro.

A atitude de Cuca, de colocar em campo Fernando Prass, a poucos instantes do fim da partida talvez seja icônica sobre o que foi o Palmeiras neste Brasileiro. Um grupo, verdadeiramente um grupo, unido em torno de um ideal. Seria muito fácil para o treinador, naquele momento, apenas curtir os gritos da galera, chorar como os torcedores, enfim… Não. Cuca fez mais: foi buscar num dos mais veteranos elementos do elenco, aquele que sofrera neste ano uma grande perda (a contusão que o afastava do time foi responsável pelo seu corte da seleção olímpica, impedindo-o de conquistar a medalha de ouro), um símbolo do que é a união deste grupo de jogadores do Verdão.

Entregue o troféu e as medalhas, eis que um dos mais novos, se não o mais novo, Gabriel Jesus, rompe todo o protocolo e, literalmente, “vai para a galera”. Abandona segurança e vai ser feliz no meio dos torcedores. Entrevistado “no retorno”, explica que foi encontrar com a mãe – e lamenta que justo naquele dia ela resolveu ver o jogo do camarote. Mas não se arrependeu. Tirou centenas de fotos, deixou os torcedores tocarem na medalha, ouviu elogios, pedidos, agradecimentos… Chorou como os torcedores; foi carregado nos ombros por Fernando Prass; e, apoteoticamente, pegou o microfone que estava ligado ao sistema de som do estádio e disse um “até breve” – está negociado para a Inglaterra.

Depois de beijar inúmeras vezes o escudo do Palmeiras, falou com os torcedores que “estavam pedindo que descesse para os vestiários” – e completou dizendo “que não queria sair dali, queria ficar para sempre”. Apenas palavras? Sinceramente não acredito. Um garoto como ele, que em menos de dois anos deixou o anonimato para tornar-se um dos principais jogadores de futebol do Brasil, brilhando nos Jogos Olímpicos e nas eliminatórias da Copa do Mundo; o novo ídolo/xodó da torcida do Palmeiras, expressava, sim, o que sentia. E as imagens que proporcionou ficarão para sempre na memória dos torcedores que tiveram a felicidade de estar no estádio neste domingo.

Sinceridade

Valdívia marcou, aos 30 do segundo tempo, um golaço. Um gol que fez com que o Internacional derrotasse o Cruzeiro, mantendo vivas as esperanças do Colorado em permanecer na Série A em 2017. No momento do gol, nas imagens exibidas de trás da “goleira” do Internacional, pode-se ver que quatro ou cinco jogadores caem no gramado, em prantos. O Internacional está destruído psicologicamente. Seus jogadores não estão suportando a pressão. Lisca, o louco treinador que aceitou o desafio de tentar salvar o tricampeão brasileiro, já verificou o problema – e afirma que não quer o time jogando bonito. Quer resultados. Os torcedores, pelo visto, aceitaram o desafio. Valem os três pontos, nada mais.

No próximo domingo o Internacional jogará a vida contra o Fluminense, no Maracanã. Sua vitória, porém, não garante a salvação. Como está em desvantagem diante de Vitória e Sport, com quem briga para continuar na elite do futebol nacional, o Colorado vai precisar vencer e torcer. O tricolor carioca, que nas últimas 11 partidas não ganhou uma sequer, deve ser presa fácil. Seus jogadores estão desmotivados. A torcida do Fluminense, porém, prega que seu time, num último ato de “vergonha”, derrote o Internacional e vingue a Copa do Brasil de 1992, conquistada pelo time gaúcho, diante do Fluminense, num pênalti inexistente marcado aos 42 do segundo tempo. Mais do que nunca vai valer para o Internacional o estilo gaúcho de jogo. E a torcida contra os dois rubro-negros nordestinos.

Arrependimento

É bom que o Grêmio conquiste, mesmo, a Copa do Brasil. A decisão de mandar o time reserva a Recife para enfrentar o Santa Cruz (nem o técnico Renato Gaúcho viajou) acabou resultando numa goleada de 5 a 1 para os pernambucanos, num dos maiores vexames do tricolor gaúcho no Brasileiro. Como tudo se apagará (?) com o título, o vexame será apenas um ponto estatístico, mas se o Atlético Mineiro virar o jogo…

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