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Sem Firula

Hora do pudim

Arquivo Geral

12/01/2019 12h55

Atualizada 16/01/2019 12h55

Quem nunca escutou a frase “quer moleza senta num pudim”?
Pois é…
Tite, treinador da seleção brasileira, está sentado num pudim.
E geladinho, como convém nestes tempos de calor batendo os 40 graus Celsius.
O futuro presidente da CBF, mas que já manda há tempos na entidade, fez questão de vir a público afirmar que Tite não corre riscos no cargo caso a seleção brasileira não vença a Copa América, que será realizada no Brasil neste ano.
O contrato, assinado pouco depois da Copa do Mundo de 2018, é de quatro anos, frisou.
Antes de continuar: o colunista (1) não é daqueles que exige a vitória a qualquer custo, afinal, todas as demais onze seleções estarão lá para vencer; (2) não pensa que o emprego de um treinador dependa exclusivamente de resultados, como fazem alguns cartolas de clubes.
Dito isto…
Bem, se a seleção brasileira, única pentacampeã do mundo, não tem a obrigação de ser campeã numa competição continental que é realizada em seu país…
Vamos mal, muito mal.
Prestando maiores esclarecimentos, antes de ser apedrejado pelos “Tite boys”.
Imaginem que o presidente do Corinthians, ou do Flamengo, ou do Internacional, no início da temporada, afirmasse que não haveria problema algum se o seu time não ganhasse nada.
Seria, no mínimo, internado como louco, não é mesmo?
Pois o futuro presidente da CBF, ao fazer coro com Tite e afirmar que a seleção brasileira não tem obrigação de ganhar a Copa América, ou melhor, que Tite não corre riscos, está provocando a sanidade dos torcedores.
Gostaria de saber o que Tite coloca no cafezinho que é servido nas reuniões com os cartolas da CBF (e vários divulgadores de informação) para que exista este feitiço que impede que ele seja criticado.
A seleção brasileira realizou uma pífia campanha na Copa do Mundo.
E não escrevo isso apenas pelo fato de o Brasil não ter chegado sequer às semifinais, não.
Desafio a quem quer que seja que diga uma partida, apenas uma partida em que a seleção brasileira tenha jogado bem na Copa da Rússia, em 2018.
E, mesmo assim, brigaram pela renovação do contrato com Tite.
E, mesmo assim, aceitam quando ele fala que o Brasil não precisa ganhar a Copa do Mundo.
E, mesmo assim e muito pior, não questionam quando ele diz que iniciou um processo de renovação no grupo com vistas ao Mundial de 2022, no Qatar, e garante que irá conversar com Daniel Alves, de 35 anos, para saber se o jogador, cortado da Copa de 2018, deseja disputar a Copa América.
Ora façam-me um favor…
As duas últimas participações do Brasil na Copa América foram tenebrosas.
Tanto na de 2015, quanto na Copa América Centenário, nos Estados Unidos, em 2016, o Brasil pagou mico – e, lembrem-se, o gorila maior foi de Neymar.
Agora, jogando no Brasil, vêm os cartolas e Tite dizer que o Brasil não tem obrigação de ganhar?
Não, não tem não.
Pode até ser eliminado na primeira, o que faria com que os ingressos de quase R$ 900 encalhassem de vez, mas que pelo menos jogue bola.
Que possamos dizer que fomos roubados.
Que não permitamos que os argentinos invadam nossos estádios cantarolando “como nos sentimos” com mais uma derrota.
Em tempo: fora Tite!

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