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Sem Firula

Em alerta

Arquivo Geral

05/07/2016 7h00

Atualizada 04/07/2016 13h23

Com duas partidas (Paraná x Avaí e Bahia x Villa Nova), começa hoje a 15ª rodada do Brasileiro da Série B. E, pela primeira vez, o Vasco (que só jogará no sábado, contra o Brasil de Pelotas, em casa) inicia a rodada com graves riscos de não só perder a primeira posição da classificação como, também, ficar pendurado no G-4. Tudo isso pela aparentemente inexplicável queda de produção das últimas partidas. Depois de emplacar mais de 30 partidas invicto, o time vascaíno, hoje, já tem quatro derrotas na Segundona, total superior a Atlético Goianiense (duas, em segundo lugar), Ceará (três, em terceiro) e Paraná (três, na quinta colocação). É claro que o total de pontos acumulado nos tempos de vacas gordas ajuda, mas o sinal de alerta já foi ligado em São Januário.

Sem folga

Não teremos rodada do Brasileiro da Série A neste meio de semana. A razão é a realização de jogos pela Copa do Brasil. Os últimos, ou melhor, a última fase antes da incorporação das equipes que participam (participaram) da Libertadores da América. Folga para alguns, trabalho duro para muitos. Amanhã, por exemplo, teremos outro Cruzeiro x Vitória. Só que desta vez o mando será do time baiano. Em Volta Redonda, o Fluminense receberá o Ypiranga gaúcho, em jogo que foi marcado para Edson Passos e acabou transferido por pedido da televisão. O América Mineiro, lanterna do Brasileiro, receberá o Fortaleza, líder do seu grupo na terceirona. O Figueirense, que anda derrapando na Série A, enfrentará um dos últimos da Segundona, o Sampaio Correia, ainda pela segunda fase. Não dá para parar.

Quem vem?

A cada período olímpico algumas situações se repetem. São esportes brigando para entrar no programa dos Jogos, são atletas deixando de participar de alguns torneios para preparar-se de forma mais adequada para a conquista de uma medalha olímpica… Não muda, é sempre assim. Para os Jogos do Rio, porém, chamam a atenção as desculpas que vêm sendo utilizadas para “justificar” a ausência de algumas das estrelas – e aí o colunista pergunta: como fica o espectador, que pagou (caro) por um ingresso na esperança de ver um craque e terá de se contentar com um “carregador de piano”, para usar expressões típicas do futebol?

Nos últimos dias ficamos sabendo que alguns dos principais golfistas do planeta já disseram que não virão à Cidade Maravilhosa “com medo do vírus Zika”. Seria até justo acreditar se estes mesmos senhores não participassem de outros torneios em regiões cuja infestação é tão grande quanto no Rio de Janeiro. E isso porque o golfe volta ao programa olímpico após décadas de ausência – e tirando espaço de outros esportes que brigaram para fazer parte da programação, sem sucesso. O golfe está garantido nos Jogos de Tóquio, em 2020, e lá, aposta o colunista, todos os bambambãs estarão presentes. E sabem por quê? Porque o Japão tem tradição de torneios de golfe com premiação milionária, o que não acontece com o Brasil – nem acontecerá tão cedo, vamos falar a verdade.

Qual seria o interesse de os melhores do mundo deixarem de competir em algum torneio milionário nos Estados Unidos, ou na Espanha, para brigar por uma medalha de ouro (que nem de ouro é totalmente)? Honra e glória? Representar seu país? Garanto que eles não pensam nisso. E que se dane quem gastou dinheiro para ver a competição – e a cidade, que investiu pesado num campo de golfe que, falando francamente, não terá utilidade alguma após a Olimpíada.

Não pensem, porém, que o problema é apenas do golfe. No basquete, temos vários ídolos da NBA, a liga profissional de basquete dos Estados Unidos, dizendo que não virão. Mas que espanto podemos ter se até jogadores brasileiros, mais uma vez, pedem dispensa da convocação feita pelo treinador argentino Ruben Magnano? Se os donos da casa não mostram interesse em estar no torneio, por que um multimilionário da mais poderosa liga profissional deveria deixar sua folga para jogar na Barra da Tijuca? O mesmo se aplica aos tenistas. Ficamos sabendo que Djokovic não está muito disposto a interromper sua preparação para os milionários torneios da ATP (a Associação de Tenistas Profissionais) para competir no Rio de Janeiro. E aí, pergunto de novo, como ficam aqueles que compraram ingressos pensando ver os melhores do mundo e tendo de se contentar com coadjuvantes?

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