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Eleições

Arquivo Geral

11/10/2018 7h00

Atualizada 10/10/2018 12h12

O esporte nunca foi bom eleitor.

O futebol, mais popular entre todos, então…

De vez em quando aparece alguém.

No Rio Grande do Sul temos Danrlei, ex-goleiro do Grêmio. Mais uma vez reeleito, este ano.

Jardel, centroavante do Imortal, também conseguiu algo há algum tempo. Mas não repetiu, como Danrlei consegue.

Vários tentam.

O Rio de Janeiro tinha Deley, ex-meio-campo do Fluminense nos anos 80.

Deputado federal (o exemplo gremista é estadual), tem sua base em Volta Redonda.

Desta vez, porém, não chegou lá.

Seu partido, por sinal, não conseguiu eleger nenhum representante para Brasília.

Roberto Dinamite também andou sendo eleito. Bebeto repetiu, nas sobras, sua eleição.

E por que resolvo tratar do tema aqui, hoje?

Por ler que o polêmico (e meu amigo) jornalista Jorge Kajuru, eleito senador em Goiás com mais de um milhão e meio de votos, quer reunir-se com Leila, do vôlei, eleita por Brasília, para criar uma Comissão do Esporte no Senado.

Importante movimento. Decisão acertada.

Principalmente se levarmos em conta que, diante das palavras dos dois presidenciáveis que ainda estão na corrida, é bem provável que o Ministério do Esporte seja extinto.

Sim, porque os dois falam em reduzir o número de ministérios – alguém acha que acabarão com a Justiça, a Fazenda, a Marinha? Provavelmente vai sobrar para o esporte, a cultura…

E, vamos falar a verdade, o retrospecto do Ministério do Esporte não é dos mais abonadores.

Tivemos Pelé, como ministro extraordinário.

Talvez pela necessidade de dar visibilidade à pasta.

Depois, vários políticos. Das mais diversas matizes partidárias.

Nenhum deles deixou saudade.

Lembro que, antes da Copa do Mundo, em reunião no Copacabana Palace com diversos jornalistas estrangeiros, nosso ministro chegou a dizer que obras que não fossem concluídas seriam retiradas da planilha de “a realizar”.

Diante do espanto de uma jornalista inglesa, que achou ter sido mal feita a tradução (o ministro falava em português), expliquei que ele falara aquilo, sim.

E vamos em frente.

A Comissão do Esporte, no Senado (e, por que não, na Câmara também) pode ser boa para o esporte nacional.

Principalmente se Kajuru e Leila não se deixarem envolver pelas velhas raposas da política que certamente se aproximarão.

ajuru é brigador, por vezes até destemperado.

Leila sempre foi afável, dócil, pura gentileza.

Repito: se não se deixarem envolver, podem realizar um bom trabalho pelo esporte nacional e, quem sabe, acabar com essa história que o esporte não é bom eleitor.

E antes que chamem o colunista de louco por não citar Romário, que já é senador há quatro anos e ficará mais quatro, devo dizer que o Baixinho deverá retornar à Brasília de cabeça baixa.

Por muito tempo esteve em segundo lugar na briga pelo governo do Rio, cotadíssimo para chegar ao segundo turno, mas na hora agá perdeu o gás e terminou lá atrás.

Acredito que vá voltar no chinelinho.

Pena. Principalmente porque, durante a campanha, andou fazendo jogadas mais parecidas com as dos velhos caciques.

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