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Professor M.

Inovações “Rolha Organizacional”

A Inovação nunca foi tão comum no dia a dia das organizações como é atualmente. Até se parecem com rolhas preservando conteúdos importantes e solucionando problemas.

Prof. Manfrim

22/07/2019 10h29

Atualizada 24/11/2019 17h02

The Wineyard Experience

 

Certo dia me deparei com uma dessas histórias que transitam pelo WhatsApp que meu Pai repassou de um grupo da família. O texto narrava a interação de dois professores envolvidos em uma situação-problema de aprendizagem e inovação.

Era a história ‘Rolha Pedagógica’ do autor Enrique Mariscal, contando que…

“Um Supervisor visitou uma escola fundamental. Em seu trajeto observou algo que lhe chamou a atenção: Uma professora estava entrincheirada atrás de seu escritório, os alunos faziam a maior bagunça; o quadro era caótico. Decidiu, então, se apresentar:

 – Com licença, sou o Supervisor… Algum problema?

– Estou completamente perdida senhor, não sei o que fazer com estas crianças… Não tenho lâminas de apresentações, não tenho livros, o ministério não envia sequer o mínimo material didático, não tenho recursos eletrônicos, não tenho nada novo para lhes mostrar, nem o que lhes dizer!

 O Supervisor, que era um docente de alma, viu uma rolha sobre o escritório, a tomou, e com serenidade oriental falou com as crianças:

– Alguém sabe o que é isto?

– Uma rolha! – gritaram os alunos surpresos.

– Muito bem. E de onde vem a rolha?

– Da garrafa. Uma máquina a coloca. De uma árvore. Da cortiça. Da madeira. – respondiam as crianças animadas.

– E o que dá para fazer com madeira? – continuava entusiasta o docente.

– Cadeiras. Uma mesa. Um barco!

– Muito bem, Então teremos um barco. Quem se anima a desenhá-lo? Quem faz um mapa na lousa e indica o porto mais próximo para o nosso barquinho? Escrevam a qual Estado brasileiro corresponde. E qual é o outro porto mais próximo que não é brasileiro? A qual país corresponde? Alguém lembra que personagens famosos nasceram ali? Alguém lembra o que produz esse país? Por acaso, alguém conhece alguma canção desse lugar?

 E assim, começou uma aula variadíssima de desenho, geografia, história, economia, música, etc. A professora ficou muito impressionada. Quando a aula terminou, comovida, disse ao Supervisor:

– Senhor, nunca esquecerei a valiosa lição que hoje me ensinou. Muitíssimo obrigada!!!

O tempo passou. O Supervisor voltou à escola e procurou pela professora. A encontrou novamente encolhida atrás de seu escritório, os alunos, outra vez, em desordem total.

 – Mas, professora, o que houve? Lembra de mim?                         

– Mas é claro, como poderia esquecê-lo? Que sorte que o senhor voltou! Não encontro a rolha. Onde a deixou?”

Rolha organizacional

Por mais que se exponha e se fale sobre inovação nas organizações, muitos desafios ainda existem quanto ao entendimento, geração, desenvolvimento, consolidação e perenidade das inovações, gerando distorções, desvios e desentendimentos do seu objetivo.

Existem diversos ‘supervisores’ da história de Enrique Mariscal nas organizações, com a capacidade de se sensibilizarem com problemas da empresa, de profissionais, das pessoas, dos clientes e do mercado e apresentarem as ‘rolhas’ de soluções.

Esses profissionais costumam ter a capacidade de procurarem e desenvolverem soluções para os problemas organizacionais e tornarem realidade diversas ideias para superarem esses desafios e gerarem valor para os envolvidos.

No artigo ‘O Empreendedor é um visionário’, falamos sobre as características essências do comportamento empreendedor, que se aplicam perfeitamente aos inovadores, algumas como proatividade, avaliação de alternativas, visão de futuro e conexões incomuns de ideias.

São características de buscar constantemente novas ideias, caminhos, soluções e possibilidades para gerar e criar soluções, como também para aproveitar novas oportunidades de negócios financeiros ou sociais.

Efeito Rolha Organizacional

Acontece com frequência nas organizações a situação narrada na história, de ‘professora(e)s’ (funcionários, servidores e colaboradores) que recebem uma inovação para resolverem seus problemas e (ou) dos ‘alunos’ (clientes e consumidores) e lhes faltam habilidades para lidar com elas.

Em “No jardim da inovação, nem tudo são flores’ tratamos de pontos importantes de atenção em se manter e preparar o ambiente organizacional para que a inovação cresça, floresça e se multiplique.

A ‘rolha organizacional’ é apenas um modo figurativo de ilustrar um aspecto evidente e latente da ‘miopia’ de vários profissionais nas organizações, que conseguem ver a inovação, mas não a enxergam como solução de problemas ou aproveitamento de oportunidade de negócios 

São pessoas que usufruem da inovação mas não conseguem operacionaliza-la, não logram internalizá-la e não atingem o estágio de melhorá-las e de desenvolver outras.

Nesse contexto, duas áreas são essenciais para essas situações de miopia e não convergência entre os inovadores organizacionais e os funcionários envolvidos com os problemas ou com as oportunidades de negócios: Educação e Comunicação.

Educação, na perspectiva de capacitar, treinar e despertar as pessoas para gestão, planejamento, organização, inovação, empreendedorismo e novas conexões de ideias e pensamentos. Abrir o universo empresarial, organizacional, profissional e pessoal para novos horizontes e opção de novos caminhos.

Comunicação, na concepção de informar, transmitir, elucidar, envolver, esclarecer, convencer, induzir, equalizar, unir, contagiar, democratizar, disseminar, instigar, encorajar entre outras nobres funções na busca de superar os desafios.

Quando essas duas áreas caminham juntas os benefícios são exponenciais, por produzirem a convergência estratégica, negocial e mercadológica necessária para perenidade dos negócios.

Se Educação e Comunicação estiverem distantes dessa realidade podem potencializar a miopia organizacional, dispersar ações estratégicas e consumir recursos valiosas da empresa.

As áreas de Educação Corporativa e Comunicação Organizacional deveriam ser irmãs siamesas na superação dos desafios de eliminar o efeito ‘Rolha Organizacional’.

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil e UDF/Cruzeiro do Sul. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com o Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

Linkedin – Prof. Manfrim

Currículo Lattes – Prof. Manfrim

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