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Professor M.

Cerrado Valley, o ecossistema das startups brasilienses

Corredo Valley, o ecossistema e a comunidade de empoderamento, contribuição, cocriação e colaboração iniciada por brasilienses inovadores e empreendedores.

Prof. Manfrim

11/11/2018 17h33

Atualizada 08/12/2019 11h52

Foto: Reprodução

“Se quiser ir rápido vai sozinho, se quiser ir longe vai acompanhado!”

Esse é o mantra do Corredo Valley, um movimento pensado, plantado e germinado em solo brasiliense. Cresceu buscanco compartilhamento, crescimento, transposição de barreiras e superação de desafio.

Para saber mais, conversei com Diego Rhoger, um dos fundadores e colaboradores desse ecossistema.

Diego, o que é o Cerrado Valley?

– “Primeiramente, muito obrigado pelo convite e oportunidade. Fico muito feliz por participar desse movimento e poder agregar valor no nosso ecossistema!

Bom, o Cerrado Valley é uma comunidade de Startups para Startups, e estamos liderando um movimento de empreendedorismo voltado para a internacionalização e colaboração. Buscamos atrair a atenção de investidores estrangeiros e transformar a nossa região em um exemplo de inovação para o mundo”.

Por quê criar o Cerrado Valley?

– “Olha, para ser bem sincero, comecei a convidar amigos e outros fundadores que conhecia para que a gente pudesse se ajudar mutuamente. Aliado à essa necessidade, surgiu a oportunidade de conseguir benefícios de grandes empresas em serviços que gastamos como hospedagem de sites, sistemas de e-mails, atendimento ao cliente entre outros.

Inicialmente foi muito por necessidade de conectação com outros empreendedores e startupeiros, que tinham a mesma mentalidade que a minha e de outros empreendedores e inovadores. Só depois que ganhou um pouco mais de corpo e que realmente a comunidade tomou forma.

Hoje percebo que existimos como comunidade para atrair pessoas, para criarem startups, para colaborarem entre si, relacionarem entre si, para se educarem, para se ajudarem, para atrair mais investidores, para atrair mais investimento, para atrair mais pessoas. O objetivo dessa comunidade é manter esse ciclo virtuoso vivo!”

Quando e como surgiu a ideia do Cerrado Valley?

– “Participei de uma negociação frustrada com uma aceleradora de outro estado, na mesma semana palestrei para falar sobre ecossistema, imagina?

Obviamente falei m#$%£, estava frustrado e insatisfeito com o modelo que algumas aceleradoras adotam. Quando fui questionado da minha indignação, foi que percebi que se eu realmente quiser que algo mude, tinha que fazer alguma coisa.

Na mesma semana entrei em contato com a Amazon e perguntei se eles tinham um programa para Startups, e se eu juntasse algumas startups eles concederiam o benefício.

Foi então que o Akira, gestor do programa Activate da Amazon, falou para mim: Manda brasa! Desde então, conseguimos diversos parceiros institucionais e atualmente oferecemos mais de US$100 mil dólares em produtos e serviços que precisámos contratar anteriormente”.

Investimento e investidor, é a maior dificuldade de uma startup hoje?

– “Atualmente acredito que nenhum dos dois! Depois de ajudar diversas startups da nossa comunidade, tenho percebido que as três maiores dificuldades são Equipe, Execução e Maturidade.

As startups da nossa região têm acesso a um dos maiores editais de fundo perdido do Brasil, sem falar que temos presente no nosso ecossistema alguns fundos de investimento e vários investidores anjo.

Parto do pressuposto que há muito dinheiro disponível no mercado, afinal, nunca se teve tanto investimento em Startups no Brasil quanto agora. Vivemos o nascimento de nossos primeiros unicórnios e alguns estão prestes a emergirem.

O que falta é a capacidade de execução e geração de resultados, que está vinculada a uma falta ou dificuldade em montar uma equipe de alta qualidade, aliado a pouca maturidade do método e experiência, com startups que criam o ciclo vicioso de piores resultados e pior mão de obra.

A facilidade de internacionalização tem feito com que nossos melhores profissionais saiam em busca de oportunidades em outros ecossistemas mais desenvolvidos, como o de São Paulo, ou até mesmo o Silicon Valley, gerando aqui uma escassez de mão de obra capacitada para esse desafio”.

A internacionalização também acontece no Cerrado Valley?

– “O MIT, Massashussets Institute of Technology, onde participei do Beyond Food Bootcamp e o Startup Rising Spain, além de eventos nacionais como o InovAtiva Brasil, são ecossistemas que as Startups do Cerrado Valley tem despertado atenção e interesse de investidores.

Qual a importância do Cerrado Valley para as startups brasilienses?

– “Eu adoro colecionar frases, e para essa pergunta, tenho uma ótima, que é um de nossos mantras: Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá acompanhado.

Hoje encaro que a existência do Cerrado Valley, como estamos fazendo, é o marco inicial para realmente transformar o empreendedorismo em nossa região, a economia local e talvez a própria economia nacional.

Acredito veemente que nossos membros e startups são capazes de se tornarem ou criarem unicórnios. E também acredito que nenhuma, isoladamente, conseguirá fazer isso.

Enfrentar e superar o Custo e Risco Brasil demanda um esforço que uma equipe apenas, startup ou empreendedor, não consegue fazer sozinho. Para realmente promovermos essa mudança precisamos nos apoiar e realmente colaborar para resolver os problemas, tanto individuais quanto da comunidade.

Isso antes não acontecia, vivíamos em um cenário de individualismo, da pretensão de “segredos comerciais” e da completa inexistência coletiva, o que dificulta a própria captação de investimento individual.

Ainda temos desafios a superar, mas atualmente, para testar e validar uma ideia, nossos membros não precisam despender recursos com vários serviços online, temos parceiros que nos oferecem estações de trabalho e em breve teremos nosso próprio espaço, para facilitar e permitir que essas iterações aconteçam ainda mais frequentemente”.

Quantas startups participam desse ecossistema?

– “Ainda não são números expressivos, mas informalmente somos mais de 60 startups e aproximadamente 700 membros, entre fundadores e empreendedores autônomos.

Temos um levantamento que nossa região tem aproximadamente 400 startups, e queremos que todas participem. Entretanto, o conceito de “local” já não faz mais sentido, temos startups e membros em vários estados do País e alguns fora.

Atualmente estamos encarando o Cerrado como um ícone de ecossistema representativo do Brasil, e Valley sempre foi uma alusão ao mindset do Silicon Valley”.

Só startups podem participar? O que é preciso fazer, ou ser, para participar desse ecossistema?

– “Qualquer startup ou empreendedor pode participar, ainda que informalmente. Para isso basta acessar nosso site, entrar no Meetup, no Facebook ou em qualquer grupo do WhatsApp ou Telegram.

Já para participar oficialmente temos alguns requisitos, e não é preciso gastar um centavo para isso. Acreditamos que o que nossas Startups tem de mais valioso é seu tempo e conhecimento, por isso para participarem oficialmente e ganharem acesso aos benefícios e outras vantagens do grupo, os membros fundadores de cada startup têm que doar pelo menos 2 horas do seu tempo por mês para mentorar outras startups e fundadores.

Além disso, eles têm que participar ativamente de nossos encontros oficiais e eventos quando convocados, e tem que adotar o selo do Cerrado Valley a fim de criarmos o efeito ‘made in’ de nosso ecossistema”.

Onde o Cerrado Valley quer chegar? Que futuro vislumbram?

– “Nosso objetivo é apenas um: 2 ? + B. Pessoalmente queremos transformar o Cerrado no melhor ecossistema para se empreender no Brasil, e um dos melhores do mundo.

Mas nossa visão conjunta é simples: Queremos transformar o mundo para melhor. Cada um à sua maneira, cada um na sua velocidade… o que importa é que todos estamos juntos promovendo uma mudança contínua e crescente no mundo a nossa volta, impactando positivamente tudo que nos cerca.

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil e UDF/Cruzeiro do Sul. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

Linkedin – Prof. Manfrim

Currículo Lattes – Prof. Manfrim

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