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Pense Direito

A necessidade de um plano estratégico empresarial para enfrentamento da crise causada pelo COVID-19

Como gerenciar uma crise ocasionada por fatores jamais enfrentados

Franco Júnior

08/07/2020 21h58

Aos poucos o país vai retomando a normalidade das atividades econômicas – estas ainda com várias restrições – e com isso, para aqueles que felizmente sobreviveram ao período de fechamento e impossibilidade do exercício da atividade empresarial, novos desafios surgem.

A adaptabilidade neste momento será o fator crucial para que aquelas empresas que sobreviveram e estão retomando suas atividades, consigam se manter ativas (evitando a falência) neste período de restrições e, enfim, superar, por completo, este turbulento período.

O mundo muda sempre. Existem 3 fatos que aceleram modificações: guerras, revoluções e pandemias. E estamos vivendo exatamente uma delas.

Assim, processos que já estavam em curso irão ser acelerados. É preciso estar adaptado ao novo mercado.

O primeiro passo está em identificar o potencial perigo da crise. É certo que alguns setores da economia foram mais afetados que outros. Alguns – eventos, casas de shows, etc. – ainda nem foram autorizados a retomar suas atividades. Assim, identificar o potencial perigo da crise é entender o quanto o seu negócio está em risco.

Para isso, planejamento, projeções e simulação de cenários são extremamente importantes. Nesta nova retomada, após um ciclo curto de 15 dias, será possível o planejamento dos próximos dias e, assim, subsequente.

Agora é tempo de prever cenários curtos até que, de fato, tudo possa voltar ao normal.

Desta forma, projeções a cada 15 dias, após, a cada 30 dias, e assim sucessivamente, serão importantes para o enfretamento deste primeiro cenário até que a economia retorne ao seu status de funcionamento e consumo em patamares semelhantes aos anos anteriores.

O foco, neste momento, deve estar no planejamento a curto prazo.

A segunda situação a ser analisada é evitar o que pode ser evitado. Apesar da redundância da expressão é exatamente o que ela quer dizer. É necessário preparar um programa sistemático que possa impedir a crise ou o seu agravamento. É o momento de se tomar decisões difíceis, por mais complexas e dolorosas que possam ser. É momento de se readequar.

Desta forma, deve-se deixar a operação mais enxuta possível, mantendo-se somente o essencial para o funcionamento da atividade empresarial. Renegociações de contratos e dívidas, readequação de quadro de funcionários, alteração de regimes de trabalho, alienação de ativos e corte de custos não essenciais, estão entre as ações mais importantes neste momento.

O terceiro passo é elaborar um plano de contingência. É analisar o caixa, confrontar com a despesa fixa e projetar, de forma cautelosa, o ingresso de receita, com base no planejamento curto (15 dias) até a estabilização da situação.

No plano de contingência é importante analisar o impacto das decisões, simulando prováveis cenários e consequências da nova formatação para enfrentar o mercado.

O quarto e último ato é, de alguma forma, encontrar a solução para colocar em prática todo este planejamento. Para isto, é importante reunir informações continuamente, comunicar-se, cerca-se de pessoas competentes que poderão auxiliar na elaboração e execução de um plano estratégico.

A solução pode estar na redução de despesas ou da operação, venda de ativos ou auxílio financeiro via capital dos sócios ou empréstimos junto às instituições bancárias, ou ainda, todas as opções.

O fato é: o planejamento, através da reunião de todas estas informações, deverá demonstrar, de forma clara, o caminho a ser seguido.

Por fim, o que poderemos comemorar, ao final, serão as lições com a crise. Este momento tão turbulento poderá gerar histórias tristes, mas também poderão gerar verdadeiros legados, e é nisto que devemos concentrar nossas forças e atividades.

Legado, em um primeiro momento, poderá ser visto de forma unilateral, particular. Mas a verdade que é todo legado transcende qualquer cenário subjetivo e se alastra para a sociedade.

Por isso, são tão importantes a sobrevivência e a manutenção de cada negócio, de cada empresa.

Com a reabertura dotadas de restrições se fecha mais um ciclo. Quando se fecha um ciclo é necessário fazer uma análise. Próximo passo, se manter em equilíbrio neste período de restrições para, enfim, sair desse cenário de dificuldade e retomada da economia.

“Vocês perguntam: qual é a nossa meta? Posso responder numa só palavra: vitória! Vitória a todo custo, vitória apesar de todo terror, vitória por mais longo e difícil que o caminho possa ser, pois sem vitória não há sobrevivência.” WINSTON CHURCHILL.

Que este período possa ser de vitória para toda a sociedade.

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