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Olhar Strano
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A hora da fake news na campanha

Com a reta final das eleições se aproximando, as “fake news” parecem ser a última cartada de alguns candidatos para derrotar seus adversários

Danilo Strano

19/09/2022 10h17

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Faltando menos de duas semanas para o primeiro turno das eleições, as principais estratégias de campanhas já foram implementadas. Marketeiros gastaram tinta para desenhar seus candidatos e vendê-los como nome ideal para o eleitor. Agora, que o espaço é curto, qualquer mudança de rota na campanha parece inviável, e as fake news, tão utilizadas em 2018 para destruir adversários, voltam com toda força.

Mas o que são as fake news? A tradução literal parece explicativa, são “notícias falsas”. Mas mesmo esta definição tem um problema de origem, pois partindo do princípio que uma notícia não pode ser falsa, logo, o mais correto é considerar um artigo com informações falsas ou não confirmadas.

A última pesquisa Datafolha apontou que mais de 75% dos eleitores têm certeza do seu voto para presidente. Esse número altíssimo e incomum cristaliza os candidatos em suas posições. Essa tendência pode ser observada nos últimos 30 dias, onde pouca ou quase nenhuma movimentação foi constatada na intenção de voto dos dois principais concorrentes.

Lula, líder nas pesquisas e com chances reais de vitória no primeiro turno, sinalizou sua preocupação com as temidas “fake news”, disse no último final de semana em comício realizado em Porto Alegre (RS): “Temos que ficar alerta com as mensagens e não deixar passar nenhuma mentira. E a gente vai poder, no dia 2 de outubro, resolver o nosso problema com a história deste país.”

Nessa mesma semana, o senador Flávio Bolsonaro (RJ) teve um vídeo seu postado no Instagram que acusava os institutos de pesquisa de fraude, deletado pela plataforma por conter informações falsas. A ex-ministra e candidata ao Senado do Distrito Federal, Damares Alves, foi condenada a pagar R$ 5 mil por um post com informações falsas que acusavam o governo Lula de ensinar jovens a utilizar crack.

Com a reta final se aproximando e a certeza de voto aumentado, o desespero é evidente em algumas campanhas, e as “fake news” parecem ser a última cartada para derrotar o adversário.

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