Fonte: Informação da Carta do Oriente Médio* elaborada a partir das publicações Times of Israel, BBC News e Yeni Safak-World (Turquia)
Em 28 de janeiro um comitê para enfrentar os projetos israelenses na África da Liga Árabe reuniu-se para discutir, à luz do restabelecimento de relações diplomáticas entre Israel e o Chade, os meios de evitar a expansão adicional da influência israelense no Continente Africano no contexto do continuado apoio da Liga à causa palestina.
Em 20 de janeiro havia sido formalizado o restabelecimento de relações de Israel com aquele país de 52% de população muçulmana que as havia rompido em 1972 por pressão (e recompensa financeira) do ditador líbio Muamar Gaddafi. Em sequência, prepara-se a visita a Israel, provavelmente antes das eleições locais de 9 de abril, do Primeiro-Ministro do Mali, mais um país muçulmano que deseja aproximar-se de Israel.
Nota da Redação
Está de fato ocorrendo uma aceleração nesse processo de aproximação com a África, impulsionado por fatores como o potencial de cooperação israelense em questões de desenvolvimento econômico e de segurança (Chade e Mali são atualmente confrontados com terrorismo islâmico) e a atual ausência de obstáculos que poderiam ser criados pelo Egito (a quem Israel está ajudam do ativamente nas suas ações militares contra o Estado Islâmico na Península do Sinai) ou pelos países árabes do Golfo. Isso relativiza bastante o que poderia resultar da acima citada reunião da Liga Árabe.
Israel está ainda em consultas com o Sudão, país membro da Liga Árabe, historicamente próximo do Egito, e que rompeu relações com o Irã. Segundo o Times of israel, haveria interesse de Israel em ser autorizado a sobrevoar o território do Chade ou do Sudão para permitir voos diretos ao Brasil, o que atualmente, devido à necessidade de escala, leva 17 horas.
*A Carta do Oriente Médio é um estudo feito mensalmente por pesquisadores da Associação Cultural Israelita de Brasília (ACIB) por meio de análise de publicações internacionais.