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Mídias e Identidade

Historiadora analisa tradição e inovação em Israel

Israel conta com a fama se ser a nação das start-ups pois há anos destaca-se em áreas como, por exemplo, o desenvolvimento de aplicativos e de  tecnologias voltadas para a agricultura, indústria bélica e biotecnologia. Ao mesmo tempo, é um país que preserva a milenar tradição judaica. Em 2018, 3,6 milhões de turistas visitaram o território, na maior parte pessoas interessadas em ter contato com a história hebraica construída ao longo de milhares de anos. 

Arquivo Geral

14/06/2019 17h24

 

Israel conta com a fama se ser a nação das start-ups pois há anos destaca-se em áreas como, por exemplo, o desenvolvimento de aplicativos e de  tecnologias voltadas para a agricultura, indústria bélica e biotecnologia. Ao mesmo tempo, é um país que preserva a milenar tradição judaica. Em 2018, 3,6 milhões de turistas visitaram o território, na maior parte pessoas interessadas em ter contato com a história hebraica construída ao longo de milhares de anos. 

 

Essa comparação foi o tema de palestra da doutora em historia, política e bens culturais, Monique Sochaczewiski Goldfeld, proferida na noite de ontem, quinta-feira (13), na Associação Cultural Israelita de Brasília (ACIB). “Uma das explicações para o sucesso do país na inovação tem a ver que a nação ao se estabelecer em 1948 tinha enormes desafios, com escassez de água potável”, argumentou a pesquisadora. 

 

De acordo com dados da Revista Forbes, Israel tem a melhor relação per capta mundial quando se trata de número de start-ups. A nação tem uma empresa desse segmento por 1,4 mil habitantes.

 

No Reino Unido, a relação é de 0,21, a França de 0,112 e a Alemanha de 0,056. Países considerados de ponta no que se refere a desenvolvimento tecnológico. Em 2014,  setor High-Tech israelense empregava 270 mil funcionários, equivalente a  8% da força de trabalho do país, proporcionalmente um desempenho melhor do que dos Estados Unidos da América. 

 

O aplicativo Waze, bastante popular no Brasil, é fruto de talentos israelenses, ferramenta vendida a gigante Google por 1,3 bilhão de dólares. Isso entre marcas conhecidas. Pois se utilizarmos a referência da Mobileye, os valores são bem maiores. Esse app foi comprado em 2017 por 15,3 bilhões de dólares pela Intel, em 2017, de desenvolvedores israelenses. 

 

A historiadora abordou sobre momentos considerados chaves para esse quadro favorável. Um deles foi a criação do Instituto Technion, na cidade de Haifa, em 1912, antes da fundação de Israel, quando a Palestina estava sob o domínio inglês. 

 

Apesar do potencial, Monique Sochaczewiski Goldfeld explica que há desafios que o país precisa enfrentar entre tradição e inovação. “Estamos verificando o fenômeno de surgir uma bolha sócio-econômica no país, o que precisa ser resolvido, sobretudo, a dificuldade de que o acesso seja mais generalizado a esse universo de ponta”, declarou. 

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