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Mensagem Subliminar
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O Top of Mind que não estava na pauta revelou que o futuro do marketing não é sobre ser lembrado

Um prêmio que deixou de medir lembrança para revelar intenção, presença e a evolução silenciosa que redefine o marketing em Brasília

Fernanda Lira

20/11/2025 17h30

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Foto: Jornal de Brasília

O Top of Mind sempre foi a noite em que Brasília descobre oficialmente quem vive na cabeça do brasiliense. Mas, em 2025, o prêmio fez algo maior: mostrou que, quando um veículo decide existir com intenção, ele muda a lógica de um mercado inteiro.

A cerimônia começou com um gesto simbólico e absolutamente necessário: o vídeo da doação do acervo do Jornal de Brasília ao Arquivo Público do DF. Antes de premiar memória, precisávamos honrá-la. Era o encerramento de uma etapa e o início de outra. A mensagem estava ali, nas entrelinhas: só é possível avançar quando se reconhece o próprio legado.

E foi nessa atmosfera que o Jornal de Brasília entrou em cena e sem pedir licença. Outro movimento que pareceu discreto, mas não era: o JBr não se posicionou como “veículo realizador”. Ele se apresentou como ecossistema. O Top of Mind deixou de ser apenas um troféu e passou a funcionar como um hub de relações de marca, capaz de aproximar players que dificilmente se encontrariam em outros contextos. Esse é o ponto que o mercado precisa digerir com atenção: o JBr se reposicionou sem anunciar reposicionamento. E isso é o marketing mais inteligente que existe.

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Foto: Jornal de Brasília

Essa virada estava em tudo: nos totens, nos vídeos, na curadoria, nos discursos institucionais, na cobertura ao vivo, no modo como o jornal ocupou o espaço com presença e não com protagonismo artificial. A vice-governadora Celina Leão amplificou isso em sua fala: o Jornal de Brasília está retomando seu papel de articulador, não apenas de difusor. É uma diferença que muda a forma como o mercado passa a olhar para nós.

A noite também marcou outra estreia decisiva: o primeiro Top of Mind sustentável do Brasil. E essa não foi uma escolha estética. Foi conceitual. A IS.ECO desenvolveu o desenho completo do evento, da gestão de resíduos ao design do material gráfico, das decisões de produção à mensuração de impacto. Não foi adereço. Não foi moda. Não foi “selo”. Foi parâmetro.

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Foto: Jornal de Brasília

E, quando um prêmio vira parâmetro, o mercado publicitário precisa recalibrar.

O marketing não pode mais “falar” de sustentabilidade. Ele precisa funcionar de forma sustentável. Isso muda fornecedores, briefing, cultura, régua de qualidade, processos, narrativa e ética de operação. E, sim, muda a estética também. O vestido jeans circular que usei na cerimônia, a convite do Grupo Levvo, não era um detalhe fashion. Era um statement estratégico. Era meu jeito de dizer que, se queremos comunicar impacto, precisamos vestir impacto. Foi pessoal. Foi político. Foi inevitável. E muitos executivos entenderam na hora.

A escolha de Duda Roque como mestre de cerimônias deu a energia que este novo Top of Mind pedia: ritmo, presença, diálogo, leveza e precisão. A cerimônia ganhou movimento. Ganhou vida. Ganhou respiração. Não era mais um prêmio. Era uma experiência editorial.

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Foto: Jornal de Brasília

E essa experiência ficou ainda mais evidente no espaço instagramável do Jornal de Brasília, que contou com a parceria da Ready Eventos. Pela primeira vez, marcas de segmentos completamente distintos foram provocadas a conversar entre si sob a mesma régua de presença. O inesperado se tornou insight. A interseção virou conteúdo. Ali, o Top of Mind deixou de ser uma lista e passou a ser uma linguagem.

A presença de Paulo Miklos no palco materializou o conceito que move o prêmio: a permanência. Ele é uma marca cultural, daquelas que atravessam décadas, tendências, crises e mudanças tecnológicas sem precisar radicalizar para sobreviver. Paulo Miklos não é nostalgia. É coerência. É por isso que continua na cabeça de diferentes gerações. Ele é o Top of Mind antes de o Top of Mind existir. E, naquela noite, sem esforço algum, mostrou às marcas algo que nenhuma campanha ensina: quem é verdadeiro não volta. Nunca saiu.

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Foto: Jornal de Brasília

As marcas vencedoras deste ano também deixaram claro por que estão ali. Não foram apenas lembradas. Foram reconhecidas por consistência. Por permanecerem relevantes sem perder autenticidade. Por conduzirem sua presença com propósito. Em tempos de efemeridade digital, como bem disse Renato Matsunaga, “a resposta aparece clara: autenticidade, consistência e compromisso com as pessoas.”

Mas se existe algo que costura toda essa entrega: da sustentabilidade ao posicionamento, do palco aos bastidores, é o que meu dream team de marketing fez. Em uma operação desse tamanho, não houve cargo. Não houve departamento. Não houve caixinha. Houve compromisso absoluto em entregar a experiência que havíamos desenhado no papel. A frase que descreve o que eles foram naquela noite é simples e definitiva: “Eles não trabalharam no evento. Eles trabalharam pelo evento.” É raro encontrar um time que entende impacto antes de entender a tarefa. Eu tenho o privilégio de liderar um.

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Foto: Jornal de Brasília

O Top of Mind 2025 não celebrou apenas marcas.
Celebrou decisões, enredos, coragem e presença.
Celebrou um jornal que entendeu que sua função não é apenas noticiar o que Brasília vive, mas conectar o que Brasília constrói.

No fim, foi isso que a noite revelou:
a relevância não está no selo.
Está na intenção.
Está na inteligência.
Está na presença.
E está, sobretudo, na capacidade de evoluir antes que o mercado perceba que já era hora.

O futuro não foi anunciado no Top of Mind 2025.
Ele simplesmente entrou no palco e quem entendeu, entendeu.

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