Martelo batido. Luiza Brunet quer ser candidata a deputada federal para defender o direito das mulheres. A ativista mais atuante sobre violência de gênero no Brasil e uma das mais respeitadas do mundo está percorrendo a Europa numa cruzada contra o feminicídio e a impunidade contra as agressões a mulheres e crianças. A maratona começou na sede da Federação Internacional de Futebol (FIFA), em Zurique, na Suíça, onde a ex-modelo relatou a violência que sofreu na sua vida e cobrou medidas urgentes para conter os crimes decorrentes da misoginia.
Brunet admitiu que, daqui a dois anos, pode sair como candidata a deputada federal, com a missão de ampliar a sua luta. Não será a primeira tentativa dela de entrar para a política. Em 2022, ela recebeu um convite do deputado Baleia Rossi, mas as negociações não prosperaram. Luiza Brunet cumpriu uma vasta programação em Roma, Milão, Pescara e Florença, na Itália, e em Madri, na Espanha. A ativista estará também em Portugal, Eslovênia e, novamente, na Itália. Nesta semana ela retorna ao Brasil, para o Rio, onde mora.
“Comecei a luta contra a violência de gênero porque já era hora de dar um basta. Decidi assumir a causa após participar de um debate, na Índia, sobre um caso de uma menina estuprada com um cano por cinco homens e que acabou morrendo”, relembra. Antes, Luiza havia denunciado o ex-marido, Lírio Parisotto, empresário brasileiro, que a agrediu em Nova York, revelando ao mundo que agressão ocorre em todas as classes sociais. Perguntada pela coluna sobre o desafio de enfrentar a Câmara dos Deputados, ela disse: “Eu estou pronta para lutar onde eu estiver.”
Foto: Arquivo Pessoal