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Coluna Marcelo Chaves
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Chef de Brasília, Luiz Lira, faz sucesso com pratos criativos em Paris

Marcelo Chaves

14/10/2020 8h00

De Brasília para um dos restaurantes mais exclusivos da França. Percurso feito pelo chef de cozinha Luiz Lira, que com pouco mais de 31 anos, já está imprimindo a sua marca na criação e elaboração de pratos do estrelado pelo Guia Michelin, restaurante L’Orangerie, no hotel Four Seasons George V, em Paris.

Chef de Brasília aterrissou em 2018 em Paris para atuar na alta gastronomia francesa

A primeira experiência com as caçarolas de Lira foi na Espanha, onde começou os estudos na área gastronômica. “Fui morar em Barcelona com 18 anos. Na ocasião, comecei meus estudos de culinária na Escuela de Cocina y Pasteleria Profesional Terra D’Escudella. Lá aprendi sobre a gastronomia mediterrânea”, conta.

Na capital francesa, ele estudou na L’École de Paris des Métiers de la Table

Em seu retorno para Brasília, Luiz continuou estudando. Cursou Gastronomia pelo UniCeub, concluiu pós-graduação em Restaurantes e Serviços pela Uniero, e participou de diversas edições do evento gastronômico Chef nos Eixos. “Também fui professor durante cinco anos do Senac Nacional, na 116 Sul”, relembra ele.

Luiz Lira com o chef Alan Taudon

O chef brasiliense chegou em 2018 na França, e logo começou a trabalhar no restaurante Oka Paris do chef brasileiro Raphael Rêgo, que conta com uma estrela Michelin. Após um ano, já falando francês fluentemente, foi convidado pelo Hôtel de Crillon, onde pôde aprimorar suas técnicas na culinária francesa.

Uma das inúmeras delícias preparadas por Luiz Lira

“Após oito meses, comecei a certificação profissional de cozinha (CAP Cuisine), na L’École de Paris des Métiers de la Table, o que é exigido para se atuar como chef de cozinha na França. Nesse mesmo período fui contratado pelo George V Paris, para trabalhar com os chefs estrelados Christian le Squer e Alan Taudon.”

O chef com uma das inúmeras colegas de profissão que possui na Cidade Luz

Luiz Lira revelou para a coluna, que gosta mesmo é de fazer uma fusão de ingredientes. “Voltei de férias do Brasil no início do ano e trouxe comigo a baunilha do Cerrado, o cajuzinho do Cerrado, o sagu de tapioca e a cachaça, todos comprados em Brasília. Ingredientes usados nos pratos criados para o L’Orangerie.”

Detalhe do Tartare de ervas aromáticas com sagu de tapioca e creme de raiz forte e agrião

Um dos pratos que está fazendo sucesso, é o Tartare de ervas aromáticas com sagu de tapioca e creme de raiz forte e agrião. Toque brasiliense na iguaria, que retorna junto com o funcionamento do restaurante, que por conta da pandemia impossibilitou por um certo período de o prato ser devidamente degustado.

Desenho que ganhou da amiga Camille Coquot

“Com a pandemia os hotéis fecharam e por conta disso comecei a fazer jantares como chef privé. Atualmente estamos voltando aos poucos com o funcionamento dos restaurantes do George V, como o L’Orangerie. Pretendo criar mais pratos com um toque de brasilidade e ingredientes made in Brasília”, finaliza.

Fotos: Arquivo Pessoal

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