Um coquetel, exclusivo para convidados, marcou a abertura da primeira exposição individual do artista plástico indígena Vinícius Vaz, na galeria Mercato + Antiguidade + Design, localizada no icônico complexo Conic, no coração de Brasília. Intitulada A História que o Brasil Não Conta, a mostra, com curadoria de Antonio Aversa, reúne 16 pinturas impactantes que dão voz a personagens e diferentes temas frequentemente ignorados pelos livros de história.
A noite foi prestigiada por embaixadores, por figuras do meio artístico, pelo empresariado e pela atriz brasiliense Maria Paula Fidalgo. Quem também marcou presença foi a primeira deputada federal indígena, Célia Xakriabá, da mesma etnia do artista, os Xacriabás, que destacou a importância do trabalho de Vinícius na valorização da história e cultura indígena. Os cerca de 100 convidados presentes tiveram a oportunidade de dialogar com o artista sobre as obras.
“A Mercato se propõe a apresentar artistas de diferentes gerações, e é um privilégio muito grande poder exibir o trabalho desse brasiliense, descendente dos povos originários, que com cores vibrantes e traços impactantes já começa a conquistar reconhecimento nacional. Acredito que o Vinícius será um dos principais artistas da nova geração no Brasil e fazer muito sucesso”, afirma o curador Antonio Aversa, que junto com o sócio Roberto Corrieri tocam a galeria Mercato.
Um dos destaques da exposição é a poderosa “Guernica Tupiniquim”, que retrata o brutal assassinato do indígena Galdino, queimado enquanto dormia em um ponto de ônibus na 703 Sul, em Brasília, no ano de 1996 — um triste e sombrio episódio que ainda ecoa como símbolo da violência contra os povos originários no país. A mostra A História que o Brasil Não Conta estará aberta ao público brasiliense para visitação gratuita até o dia 28 de fevereiro do próximo ano.
Fotos: JP Rodrigues/Jornal de Brasília