Menu
Coluna Marcelo Chaves
Coluna Marcelo Chaves

Adeus a um ícone

Marcelo Chaves

18/10/2016 8h02

Após uma pausa para as férias, retorno descansado, mas de luto pelo falecimento da amiga Christina Queiroz. Recebi a notícia de sua passagem na madrugada do dia 12, pela também amiga Maria Inês Nogueira, fato que me deixou muito triste.

A última vez que falei com Chris (era assim que os amigos a chamavam) foi há um mês, para convidá-la para um almoço em minha homenagem. Ela não estaria em Brasília na data, mas disse que quando voltasse combinaríamos outro almoço.

Infelizmente Chris não voltou. Poucos dias depois soube que ela estava internada em São Paulo, no Sírio-Libanês, acompanhada pelo marido Fernando Queiroz, e que seu estado de saúde era muito delicado. Fiz preces para seu pronto restabelecimento.

Foram quatro anos de luta contra o câncer. Sempre com muita fé, nunca reclamando de absolutamente nada e com a discrição que era uma de suas marcas registradas. Para os amigos ela tinha uma frase aos finais das conversas: “Maria passa na frente”.

Christina com o marido Fernando Queiroz

Christina com o marido Fernando Queiroz

Mas Nossa Senhora, de quem era devota fervorosa, chegando a mandar erguer duas capelas, uma na Asa Norte, e outra em honra à santa, no Lago Sul, a colheu para seu jardim celestial, no dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

Tive o privilégio, como jornalista e colunista social, de conviver socialmente com Christina Queiroz. Primeiro como estagiário da jornalista Marlene Galeazzi e depois como colunista do Jornal de Brasília. O tratamento sempre foi o mesmo.

Elegante, antenada, poliglota, educada, culta, conhecedora profunda e apoiadora das artes, entre tantas qualidades de Christina, que deixou sua marca como uma das principais protagonistas da sociedade de Brasília, a principal delas era a generosidade.

Christina foi uma das filantropas mais atuantes da capital, colaborando com causas em benefício dos menos favorecidos, muitas vezes no anonimato. Na campanha solidária de Natal que a coluna faz, era uma das que mais enviava brinquedos.

3

Chris em uma das edições de sua famosa Festa dos Chapéus

No circuito social do DF, suas festas estavam entre as melhores. Eram concorridas e impecáveis. Eventos como o Torneio de Tênis Chris Fitness, a Festa dos Chapéus, com todas as convidadas em clima de primavera, e as confraternizações de Natal.

No Rio de Janeiro, onde ao lado do marido Fernando costumava receber em petit comité para jantares na cobertura da Vieira Souto, Christina era presença muito querida e solicitada pelas cariocas do primeiro time da sociedade local.

Fica a saudade, o vazio na sociedade brasiliense, mas sobretudo os exemplos de uma mulher de extrema fé e sempre solidária com as causas envolvendo os mais carentes. O sepultamento, como era seu desejo, foi em Juiz de Fora, sua terra natal.

A missa de sétimo dia pelo falecimento da amiga Christina Queiroz será realizada nesta terça-feira, às 20h, na Paróquia São Pedro de Alcântara, na SHIS QI 7, Área Especial, Lote C, no Lago Sul. Deus no comando.

Fotos de César Rebouças e Célio Costa

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado