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O novo manual da Presidência

Arquivo Geral

19/02/2019 13h53

Sandro Xavier
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O novo manual da Presidência
Em 2017, a Câmara dos Deputados lançou o seu Manual de Redação e nós comentamos sobre ele aqui neste nosso espaço. No ano passado, a Presidência da República fez a tão esperada atualização daquele que é a referência em redação oficial: o Manual de Redação da Presidência da República. Então, agora, chegou o momento de comentarmos essa novidade.

A redação oficial
Essa, inclusive, é uma disciplina nas faculdades de letras e outras, que trata da elaboração de documentos como ofícios, portarias, certidões, relatórios e mais. É bom ressaltar que a redação oficial trata de expedientes da administração pública. Entretanto, eles são, também, base para os modelos dos documentos adotados pelas entidades privadas.

Algumas corporações seguem o mesmo modelo que os manuais orientam. Outras adaptam certos aspectos à sua realidade, como o nome dos ofícios para carta. De comum no mundo corporativo é ter como base o Manual de Redação da Presidência da República. Ele costuma ser modelo para os outros manuais que são publicados nas mais variadas esferas da sociedade.

Alguns aspectos do manual
Com o Manual da Presidência, é possível conhecer o estilo de texto, os leiautes dos documentos, as orientações para trâmites e os tipos das normas, bem como sua circulação e processo de aprovação pelos Três Poderes.

Especificamente, com relação à composição dos documentos, o Manual orienta para o uso das formas de tratamento de acordo com o cargo dos destinatários, as partes dos expedientes, numeração de páginas, endereçamento e outros aspectos. Na publicação, também é possível encontrar uma série de orientações para ortografia e gramática, além de abordar a particularidade da comunicação oficial e uma redação que contemple esse gênero discursivo.

As novidades mais marcantes
Foi necessária e já era esperada uma nova edição do Manual da Presidência. O que fica logo evidente é uma diagramação mais moderna, que mostra simplicidade e objetividade. Também marca a preocupação em ampliar as orientações gramaticais e abordar a comunicação oficial.

Entre os novos aspectos que ficaram marcantes, destaco a supressão dos memorandos e avisos. Ambos mantêm o caráter, mas vão utilizar, também, a nomenclatura “ofício”. A lista de pronomes de tratamento está muito bem-feita, mas é reduzida, se comparada à encontrada no Manual da Câmara.

Um aspecto que considero negativo, e não sei o porquê de isso ser adotado, é a colocação de siglas após travessão, como “Organização das Nações Unidas – ONU, em vez de (ONU). Isso pode prejudicar algumas pontuações, quando o elemento for sujeito. Prefiro (e continuarei adotando e orientando em ambiente corporativo) os parênteses. De qualquer forma, a nova edição do Manual foi muito bem-vinda e apresenta ótima qualidade. Recomendo a pesquisa.

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