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Lulu no Quadrado
Lulu no Quadrado

Um pouco de tudo mas só dica boa

Brasília só melhora em termos de gastronomia. Em uma semana, consegui conhecer uma proposta de Chef renomado, um happy hour agitado e um café vegano

Lulu Peters

11/05/2022 19h17

Capuccino

Influenciadores e jornalistas de gastronomia estavam em polvorosa sobre a nova empreitada da cidade, que leva a marca do Chef Salvatore Loi.

O italiano radicado no Brasil está à frente do MOMA – Modern Mamma Osteria, em São Paulo, e tem no portfólio mais de uma década de Grupo Fasano, além de prêmios e muita estrada. Para nossa sorte, está querendo fincar o pezinho em Bsb e, para tanto, entrou no Capuccino Bistrô & Café, um lugar que reúne tudo que há de bom na Terra.

Exagero? Padaria, confeitaria, vinhos e cardápio do Loi. “Mic drop”.

Na padaria, uma referência imbatível para mim: Bruno Viana e sua experiência no Varanda Pães Artesanais, que, a convite de outra figura fenomenal, a Chef Sônia Takata que assume como sous chef na parte de confeitaria, entrou para o time.

O menu de Salvatore conta com preço fixo no almoço, por R$79,90 incluindo entrada, principal e sobremesa.

Para o jantar, opções mais concisas e uma mais linda e deliciosa que a outra.

Para começar: ovo pochê ao molho matriciana e queijo pecorino (R$24,00), ou Carpaccio com cogumelos e rúculas (R$35,00), que foi minha pedida e estava divino. Como pratos principais, a Lasanha fina de cordeiro e legumes (R$75,00) é marca registrada do chef. Um absurdo de leveza e sabor, assim como o Gnocchi de batatas ao sugo com Stracciatella e pesto de pistache (R$65,00). O Spaghetti Carbonara com molho de gema caipira, pecorino, pimenta e guanciale (R$65,00) é um clássico e respeita a tradição do guanciale ao invés de bacon ou pancetta.

O meu prato foi muito acertado, pois a Paleta de cordeiro assada, e tagliolini na manteiga e sálvia (R$85,00) estava absolutamente perfeito. O cordeiro desmanchava que dava para usar uma colher.
De canja, rolou o Ravioli de carne assada, creme de grana padano e molho do próprio assado (R$68,00) que, confesso, vou pedir da próxima, porque é muito saboroso e bonito de ver!!

Para os doces da Chef Takata, ficou difícil decidir, mas a cheesecake de maracujá e a tartalete de limão me deixaram gamada, além do café coado divino.

Jamie Oliver Kitchen

Eu me surpreendi com a casa, quando fui pela primeira vez. Fui durante o almoço, mas vislumbrei aquele ambiente, as bebidas e as comidinhas como sendo perfeitos para uma girls’ night. E eu estava certa!
De 5 a 30 de maio, quem for ao restaurante das 18h às 20h, a cada 2 entradinhas, ganha uma longneck de Stella Artois.

Confesso que a empolgação, pra mim, está no menu de entradas: Pão de Polenta, que eu amo, feito com cebolinhas, coentro e manteiga batida (R$ 18); as Asas de Frango Teriyaki (R$ 39); os Dadinhos de Tapioca (R$ 19), que achei uma delícia; e a Belíssima Burrata, com tomates sazonais, melancia, pimenta fresca, cebola roxa, limão e hortelã (R$ 69). A burrata é divina, mas a pimentinha veio bem carregada para meu padrão.

Tanto as asinhas de frango teryiaki quanto a burrata são para compartilhar, então ao pedir qualquer uma das duas opções, você já recebe sua Stella.

Coité

Uma pena eu não ter conhecido a Central de Produtos Orgânicos Direto do Produtor (CEPODI) antes, sendo que ela está há um ano na 707 norte, logo abaixo do Uniceub. Adoro um hortifruti legal, com produtos locais, orgânicos e sazonais e, mais importante, preços menores que um órgão humano vital.
Pois a CEPODI reúne esses tipos de produtos, dando a pequenos produtores locais acesso ao mercado e, a nós, acesso a frutas, legumes e verduras, além de produtos artesanais e as PANCs (Plantas alimentícias não convencionais), como a ora pro nobis, que eu gosto muito.

A iniciativa só melhora com do café Coité, que utiliza produtos do CEPODI e os transforma em quitutes totalmente veganos, com foco na valorização das PANCs.

Eu enlouqueci com um bolinho salgado de milho, cogumelos e jambu, e seu recheio suculento e suas notas doce do milho, salgada do cogumelo e cítrica e refrescante do jambu. Um verdadeiro encanto!
Já a “tapioca” vegana, feita com biomassa fermentada de mandioca e recheada de tofu, pra mim, ficou devendo bastante tempero. Isso não tira o mérito da ideia, já que fica muito parecida com uma tapioca recheada de ovo para quem precisa de um estímulo visual para comer melhor.

O cardápio altera diariamente, justamente para contribuir com a sustentabilidade da CEPODI.

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