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Lulu no Quadrado
Lulu no Quadrado

Nem só de empanadas nos alimentam nossos hermanos

A La Porteña sempre foi minha grande fonte de empanadas super bem temperadas, frescas ou congeladas para fazer em casa e com preço mais camarada. Agora, me encantou com “otras cositas más”

Lulu Peters

24/02/2023 5h00

Atualizada 23/02/2023 18h29

Foto: Lulu Peters

Quando falamos de comida argentina, pensamos em carne na parrilla, croquetas, choripan e, recentemente, nas empanadas, recheadas de diferentes formas. Pioneira nessa área, a La Porteña, antes de ter uma loja física, foi minha grande fonte de empanadas super bem temperadas, frescas ou congeladas para fazer em casa e com preço mais camarada. Agora, me encantou com “otras cositas más”.

O pequeno espaço, na 204 Norte, foi pensado para ser algo entre um local acolhedor e, ao mesmo tempo, sem grandes frescuras ou decoração caricata. Isso porque o argentino Gustavo Mariasis, proprietário da La Porteña tem, claramente, uma alma de poeta (na verdade, de Clown) e coloca um quê de nostalgia, afetividade e arte em tudo que toca. 

A loja, assim, replica, da maneira possível, as lembranças que ele tem de comer com o pai nas padarias locais de onde cresceu, de ambiente simples e sabores maravilhosos.

Com freezers à disposição, é possível passar e levar bandejas de empanadas congeladas (R$ 49,90 bandeja com 6un), que podem ser feitas no microondas ou na airfryer em casa, ou aproveitar e já comê-las fresquinhas (R$ 10,30), acompanhadas, talvez, de uma cerveja Patagônia – adorei o estilo IPA.

Além de seu carro chefe, que vem em sabores como carne, frango, queijo, cebola caramelizada, marguerita, maçã, banana, entre vários outros, a La Porteña oferece ainda almoços rápidos e, como novidade, opções de milanesas argentinas, que são preparadas mais fininhas, bem passadas, mas ainda macias por dentro com a casquinha sequinha, bem crocante por fora. Aff, já me deu saudade.

Ao invés daquele estilo mais “lambão” da parmegiana (que eu amo, diga-se de passagem), a milanesa vem coberta com parcimônia por um delicioso molho de tomate, feito na casa, e uma equilibrada camada de presunto (dispensável, aliás) e queijo muçarela (R$ 44,90). Para acompanhar, um chips de batata, também da casa, tão perfeitamente crocante e leve, que pareceu a pedida mais perfeita para um happy hour solitário (ou não), onde o pensar na vida vai ficando mais esperançoso à medida que se come. A milanesa da casa ainda vem em versão de sanduíche (R$ 34,90) e “ao prato” (R$ 39,90). 

O que eu não esperava é que a La Porteña fosse virar, para mim, um atrativo na área de outro tipo de panificação, já que estou pensando em passar lá para comprar “pão”. Sim, porque os hermanos têm uma variedade de massas doces, super comuns em suas padarias: uma versão menor, mais curva, do croissant, que chamam “medialuna” (“meia lua”, pelo formato), e as demais facturas, que eu não conhecia, e que são pães doces com formatos e recheios diferentes. 

Curiosidade: os nomes das facturas foram dados por imigrantes europeus, de ideais anarquistas, contrários às instituições mais poderosas do Estado, como, por exemplo, Sacramento (Igreja), Vigilante (Polícia) e Cañocitos (Canhões de guerra), entre outros tipos de facturas super populares por lá.

De qualquer forma, a medialuna (R$ 6,90-10,90) da La Porteña, com seu glaceado super leve e sutil de calda de laranja pincelada por cima, servida quentinha, com café, é minha nova religião. Um abraço no coração metafórico do estômago, de verdade.

Assim, sem medo, fica a dica da visita: pode ser para almoçar, pode ser para petiscar, pode ser para beber e, claro, pode ser para se empanturrar (de medialuna).

Serviço
La Porteña
CLN 404 BL C Loja 70 – Asa Norte
Menu: laportena.goomer.app
Telefone: (61) 3326-0221

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