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Histórias da Bola
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Primeirão da Colina

Torcedores do Vasco iniciaram discussão que nunca termina

Gustavo Mariani

07/09/2021 11h02

Atualizada 13/09/2021 11h51

Quem marcou o primeiro gol vascaíno em Cops do Mundo? Para muitos, o atacante Leônidas da Silva, aos 27 minutos do segundo tempo de Brasil 1 x 3 Espanha, em 27 de maio de 1934, na Itália – Pedrosa, Martim e Armandinho; Luis Luz, Silvio e Tinoco, também vascaíno; Canalli, Waldemar de Brito, Patesko, Luizinho e Leônidas.
À época, o futebol brasileiro estava dividido entre profissionalismo e amadorismo. A Confederação Brasileira de Desportos ficava com o segundo grupo, mas abria o cofre para selecionar os melhores jogadores. Foi o que ocorreu em relação a Leônidas, que disputara (e fora campeão) o Campeonato Carioca, pelo Vasco.

Para formar a Seleção Brasileira, o dirigente (botafoguense) Carlito Rocha, muito forte dentro da CBD, convocou oito jogadores do seu clube, quase a metade do grupo que viajou, com 17 “players”. Carlito estava inscrito na competição como árbitro, mas mandava no time que tinha Luís Vinhais, oficialmente, por treinador. Carlito era, ainda, delegado para os jogos do Brasil, cuja rapaziada viajou durante 15 dias, de navio, e fez só um treino para enfrentar os espanhóis.
Torcedores rigorosíssimos não consideram, de Leônidas da Silva, o primeiro gol vascaíno em Copas, por conta da tal história de ele deixar São Januário para acertar com a CBD e viajar à Europa. Considerações à parte, o certo foi que o cara não vestiu nenhuma camisa além da cruzmaltina e a do selecionado, em 1934. Inclusive, em todas as listagens de jornais e revistas sobre o grupo brasileiro ele aparece como jogador do Vasco. Só foi vestir uma outra jaqueta, em 1935, quando passou pelo Sport Club Brasil-RJ e o Botafogo. Mas, se os “rigorossissimos” não computam o seu feito por cruzmaltino, então, o “primeirão” passa a ser Ademir Menezes, aos 32 minutos do primeiro tempo de Brasil 4 x 0 México, na estreia do time do técnico Flávio Costa na Copa do Mundo-1950, em 24 de junho de 1950, no Maracanã, goleada presenciada por 81.649 pagantes, com este time em campo: Barbosa, Augusto e Juvenal; Ely do Amparo, Danilo e Bigode; Maneca, Ademir, Baltazar, Jair e Friaça.

Dessa rapaziada, o goleiro Barbosa; o lateral e capitão Augusto; o zagueiro de área Ely; o médio Danilo e os atacantes Maneca e Ademir eram vascaínos. Além disso, Jair Rosa Pinto (1943/1946) e Friaça (1943/1949) haviam sido.
Naquele Mundial, o Vasco teve oito representantes – além dos citados, o coringa Alfredo I e o ponta-esquerda Chico –, um recorde ainda não batido. O time terminou vice-campeão, com estes resultados: 4 x 0 México; 2 x 2 Suiça; 2 x 0 Iugoslávia; 7 x 1 Suécia; 6 x 1 Espanha e 1 x 2 Uruguai. Ademir foi o principal artilheiro, com nove tentos.

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