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Cinema com ela
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Hashtag Crítica: “Uma noite de crime: A fronteira”

Em meio ao caos, fazendeiros se transformam em mercenários para conseguir sobreviver em “Uma noite de Crime: A fronteira”

Henrique Kotnick

31/08/2021 14h38

Leven Rambin as Harper Tucker in The Forever Purge, directed by Everardo Valerio Gout.

O cenário agora é bem diferente da cidade grande que vimos nos títulos anteriores. Cavalos, poeira e a bela cultura do interior, elementos que compõem a narrativa de “Uma noite de crime: A Fronteira”

O longa se passa no Texas. Próximo a fronteira, faz parte de uma das rotas utilizadas pelos “Coiotes” e cartéis de drogas. “Coyotes” são traficantes que cobram para enviar pessoas ilegalmente pelas fronteiras americanas.

TRAILER:

O Expurgo

Com duração de 12 horas, o dia anual do Expurgo foi decretado pelo governo como forma de tentar reduzir a taxa de mortalidade por crimes cometidos. Considerado por parte da população uma medida desnecessária, abrigos foram feitos para quem queira se proteger.

Autoridades parlamentares têm imunidade e não podem ser feridas. Os serviços de utilidades públicas e emergenciais não funcionarão pelo período do feriado. O horário vigente é de 19h às 7h.

Os crimes

Seguindo a tradição das primeiras edições, o feriado autoriza os crimes cometidos com armamentos de classe 4 (armas de fogo longas semiautomáticas, de repetição ou de tiro a tiro, de cano de alma estriada). Nesse dia, grupos fortemente armados aproveitam para “se libertar” de toda a raiva e ódio.

Diferente do que se viu nos filmes anteriores da franquia, desta vez o Expurgo não durou apenas uma noite. O ponto de virada no roteiro é quando um repórter é assassinado ao vivo.

A hashtag #expurgoparasempre é viralizada nas mídias sociais e o caos se instaura. Armamento militar possivelmente roubado, lança mísseis e fuzis M4 aparecem no tiroteio.

Uma curiosidade é que apesar de se tratar de uma cidade interiorana com fazendas, as armas usadas são de certa maneira incomuns à realidade do local.

Para quem prestar atenção do início ao fim, verá que a principal dica para a sobrevivência fica evidente, porém o espectador se perde tanto ao longo da jornada que fica difícil memorizar tantos contextos misturados.

Com um cenário apocalíptico, um grupo de mercenários denominados Raccoon surgem no meio da história. Isso mesmo, “Racon”. Seria uma referência a franquia “Resident Evil” que tem como epicentro de uma epidemia de zumbis a cidade de “Raccoon City”. Os dois filmes possuem situações de crise, um com mortos-vivos e outro com os crimes intermináveis. Outra referência perceptível é a perseguição no deserto ao estilo “Mad Max”.

Roteiro confuso

Pontos a serem destacados na história que ficam incompreendidos são: Os personagens não são apresentados de maneira clara; O enredo traz a tona diferenças raciais entre povos brancos e indígenas mas não chega a ser o ponto principal; Inicialmente temos mercenários que lutam por igualdade entre ricos e pobres mas também não temos uma continuidade no enredo.

Em resumo, as cenas de ação misturadas com histórias de superação tornam a experiência “OK”. Com a mesma receita dos anteriores, “Uma noite de crimes: A fronteira” não traz nenhuma novidade e ainda deixa algumas pontas soltas.

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Ficha Técnica:

Lançamento: 2 de setembro de 2021 No cinema 

Duração: 1h 44min 

Gênero: Ação, Suspense, Terror

Direção: Everardo Gout

Roteiro:James DeMonaco

Elenco: Ana de la Reguera, Tenoch Huerta, Josh Lucas

Título original: The Forever Purge

NOTA: 6

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