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Cinema com ela
Cinema com ela

Cruella, do lixo ao luxo em 3 atos: Vingança, morte e ressureição

O mais novo “Live Action” lançado pelos Estúdios Disney chegou na plataforma ao Disney+ no último dia 28 apenas para quem tem acesso VIP e já está em cartaz nos cinemas também.

Henrique Kotnick

02/06/2021 12h00

O universo das animações e desenhos clássicos como conhecemos hoje já não tem a mesma aparência. Os estúdios Disney fizeram parte da infância de muitas gerações e agora podemos matar a saudade com produções chamadas “Live Action”. Filmes que tornaram reais cenas que vão do sapatinho de cristal aos pelos de um rei leão. 

Desta vez a novidade da semana é o lançamento de “Cruella”, que chegou à plataforma de streaming Disney+. A notícia boa é poderemos matar mais um pouco a saudade e a nostalgia de ver um clássico, a notícia ruim é que não será de graça. Com o sistema adotado semelhante ao dos parques em Orlando, a Disney criou uma especie de “Free Pass”, que de “free” não tem nada, para entregar com antecedência alguns títulos que tem sido muito aguardado. O valor relativamente salgado quando se compararmos com o próprio cinema, para assistir o que eles chamam de “acesso vip”, você precisará desembolsar R$67 reais por filme incluso nesse catálogo “premium”. Para os amantes das telonas, também está em cartaz nos cinemas.

A origem

A menina que sonhava em ser estilista e por um triste acidente entrou para uma gangue, ou seria mais um trio, formado com os amigos Horácio e Gaspar. Os clássicos cabelos metade preto e metade branco deram lugar ao ruivo então começamos a conhecer a história da pequena Stella. Os primeiros minutos do filme precisam receber uma certa atenção pois nos conta como tudo começa.

O longa se passa na Inglaterra, mais precisamente em Londres. Stella (Cruella) ainda em busca do sonho vai trabalhar na Liberty que é a sensação do momento quando o assunto é alta costura. O emprego que durou apenas dois dias lhe rendeu a melhor oportunidade que uma jovem estilista gostaria de ter, trabalhar com “A Baronesa”.

Baronesa é uma estilista que determina os padrões da moda. Premiada e aclamada pela crítica carrega a fama de não gostar da concorrência. Nos bailes que promove, sempre deixa claro a vontade de ser o centro das atenções. Dona de 3 Dálmatas que a protegem como cães de guarda, vemos que os adoráveis filhotes que sempre amamos agora são apenas ferozes e violentos.

“Dizem que existem cinco estágios de luto: negação, raiva, negociação, depressão e aceitação… Eu gostaria de adicionar mais um, vingança!”

Cruella Devil

A imagem lavada, o aspecto fosco com cores fortes e marcantes e o estilo “Pin Up”, são pontos fortes na construção estética de “Cruella”. A trilha sonora que mistura Moulin Rouge e Pop contemporâneo também casa de maneira agradável com o enredo. Ah! Claro que não vamos esquecer o rock progressivo que marcou as entradas triunfais de Cruella. O detalhe que agora notamos é a troca de personalidade que a protagonista tem com o alter ego, Stella e Cruella, Cruella e Stella. Releituras dos Beatles também fazem parte, afinal o filme se passa nos anos 60, ano do auge da banda, portanto não poderia ficar de fora

O ponto positivo de “Cruella” foi retratar a história de como a personagem principal Stella começou a trajetória na moda desde criança até a fase adulta. O ponto negativo foi não entregar o que provavelmente todos queriam, a história com os famosos Dálmatas. A narrativa retrata mais o lado perverso e vingativo de Stella do que propriamente a perseguição aos cãezinhos. 

Vamos falar de Anitta Darlin. A melhor amiga de Stella nos tempos de colégio que agora trabalha em um jornal cobrindo eventos de celebridades da moda. A segunda metade do filme começa com a reviravolta estampada nos tablóides em que agora Cruella se torna inimiga número 1 da Baronesa. 

Por fim percebemos que a rivalidade entre Cruella e Baronesa se torna desnecessária quando vemos que a verdadeira artista é Cruella e que a tão famosa estilista Baronesa é apenas uma mulher rica e poderosa que possui um exército de costureiras para produzir as criações. 

Vale lembrar que a trama principal e o desfecho não devem ser revelados antes da hora.

Uma observação a todas as obras que retratam a história por trás do personagem é que nem sempre temos aquele velho “fan service” que gostamos, onde as aventuras e tramas  já conhecidas se revelam e temos apenas a origem. Esse detalhe faz com que a audiência se divida entre os que amam e os que odeiam. 

Ja ía esquecendo. o nome Pongo é familiar? Pois é… Temos um desfecho que pode surpreender a todos que tem na memória as animações antigas dos 101 Dálmatas.

Ficou curioso? Assiste ai e me conta o que achou…

Bom filme a todos! 

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