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Gilberto Amaral

Vaias

Arquivo Geral

22/08/2016 7h00

Atualizada 21/08/2016 20h39

Existem várias maneiras de manifestações do público para com as autoridades. As palmas, as vaias, os apupos, são manifestações. Segundo o sociólogo americano Peter Kaufman, em certas culturas até os efusivos aplausos podem ser vistos como algo rude. Já as vaias podem ser bastante aceitáveis.

Paraolimpíadas

Mais interessante ainda e estarei mais atento do que nas Olimpíadas. Vem aí as apresentações daqueles que tiveram a infelicidade de perder um membro e que, com um esforço incomensurável, demonstram que a vida é bela e que também podem disputar qualquer esporte mesmo com algum tipo de deficiência. O presidente Temer vai estar presente, com vaias ou sem vaias, prestigiando.

Brincalhões

Se não bastassem as palhaçadas de campanha do Donald Trump, apareceram nadadores americanos para fazer brincadeiras e desmoralizar o país em que vieram competir. Mas a vida é assim mesmo, uns são engraçados, outros estúpidos.

Guga

O Ancelmo Gois de O Globo publicou uma foto do nosso sempre sorridente tricampeão Guga com o título “Labrador humano”, onde acentua que ele é “um dos xodós desta Rio-2016. A simpatia do maior tenista de nossa história é tanta nas transmissões da TV Globo que rendeu a ele, nas redes sociais, o apelido de labrador humano”. Eu assino embaixo o comentário do meu amigo Ancelmo.

O labrador

Eu acrescento: não é só aqui, Ancelmo, é assim em toda parte ou quase no mundo todo. Começando pelo Brasil, quando ele aparecia na janelinha de transmissão da Globo, o público via e deixava de ver o jogo para gritar “Guga, Guga”. Em Paris e nos outros lugares onde há grandes torneios de tênis é a mesma coisa. Sempre existe essa louvação. E sempre existe o seu sorriso e a sua modéstia.

Futevôlei

Terminaram ontem as Olimpíadas, que foram um sucesso. Começa hoje, no Rio, o Campeonato Mundial de Futevôlei na arena da Praia de Copacabana, onde as medalhas de ouro surgiram para os brasileiros. Vai ser interessante.

Galeries Lafaytte

No início de 2017, a loja preferida dos turistas que visitam Paris para fazer compras, Galeries Lafaytte, entrará em obras. A reforma vai durar dois anos e custará 100 milhões de euros (cerca de 360 milhões de reais). O renomado escritório de arquitetura inglês AL_A terá a missão de inventar “a loja de departamentos do Século 21”, é o que espera o diretor-geral do grupo, Nicolas Houzé. Os clientes podem ficar tranquilos, a loja não fechará durante as obras.

Foie gras mais caro

Para os amantes de foie gras na ceia de Natal, a iguaria risca aumentar de preço neste final de ano. Depois de 16 semanas de quarentena devido à gripe aviária, a perda na produção foi estimada em 25%. O retorno progressivo da fabricação começou no Sudeste da França, região que representa 71 % do volume de produção. O vírus reapareceu no país em novembro do ano passado, mas já foi erradicado.

Disneyland Paris

Por medo de atentados, turistas abandonam o parque de atrações, apesar dos importantes investimentos feitos pelo grupo para atrair os turistas. A frequentação da Disney Paris caiu em 11%, assim como a dos hotéis do complexo, em 6%. A Euro Disney prepara o seu 25° aniversário em 2017, que terá um custo suplementar com o reforço na segurança devido ao risco de ataques terroristas.

Burkini

Depois da polêmica francesa, é a vez da Alemanha dar o primeiro passo para a proibição da burca. O ministro do Interior, Thomas de Maizière, fez um apelo aos membros dos partidos conservadores para que o véu integral islâmico seja proibido em determinadas circunstâncias no país.

Torcida chauvinista?

Torcida brasileira vira assunto na imprensa internacional, onde pesquisadores e até ex-atletas tentam explicar o comportamento dos brasileiros durante os Jogos Olímpicos. O ex-jogador Raí, numa entrevista à TV francesa, diz que é necessário “democratizar o esporte no Brasil” e que “não há maldade na nossa torcida”. Também para o Coordenador de História do Laboratório e Esportes da Universidade Federal do Rio, Victor Melo, “se o público brasileiro mostra muito entusiasmo, isto está ligado à uma ignorância generalizada de certas disciplinas”, afirma à AFP.

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