Apesar dos estímulos que vem recebendo, o ex-presidente José Sarney não concorrerá mais como candidato no Amapá. Sarney retorna a Brasília nesta sexta, depois de passar as festas de final de ano em São Luís. A propósito, recebi um artigo do escritor e jornalista Lino Moreira, que retrata muito bem a vida desse grande político brasileiro.
Trechos do artigo de Lino Moreira
“Afinal, o que desejam os aliados do governo estadual? Até este momento, decorridos três anos de poder formal, ainda se sentem e agem como oposição. As cabeças não mudaram em nada. Em decorrência de atitude como essa, reclamaram, em imenso chororô, quando Temer decidiu não nomear o deputado Pedro Fernandes ministro do Trabalho, atribuindo a decisão a suposto veto do presidente Sarney. Vejam minhas palavras no já distante 2006, em 29/10, dia da eleição presidencial, em crônica em “O Estado do Maranhão”, constante de meu livro “A casa e outras crônicas e memórias”, de 2016: “Não é de hoje meu espanto com a fixação de certas figuras da política maranhense em José Sarney. Nada acontece no Maranhão, nenhum fenômeno ocorre, natural ou social, sem que Sarney não seja invocado. Houve chuva demais ou não houve nenhuma, ventou muito ou a brisa parou de soprar? Vai ver foi Sarney. O sol queimou alguma pele sensível, a lua não apareceu, a safra quebrou, o preço subiu, a feijoada salgou? Foi Sarney. O pãozinho subiu, o café tá amargo, a manteiga rançosa? Sarney, Sarney e Sarney. Quanta homenagem! É a mesma coisa agora. A turma não percebe que tudo atribuir a ele é uma forma de reconhecer seu prestígio no mundo político e em outras esferas da vida nacional, de homenageá-lo”.
Por falar no Maranhão
O quadro político maranhense já está formado para as eleições de outubro. Para governador está no páreo Roseana Sarney. Para senador, uma novidade, Sarney Filho, que deixa o Ministério do Meio Ambiente, e terá Clovis Fecuri como suplente. O que não é novidade é que Edison Lobão continuará sendo, com seu suplente Edinho, candidato ao Senado.
Festa no céu
Se estivesse vivo, o grande economista brasileiro Roberto Campos estaria completando 100 anos. O Estadão relembrou algumas de suas célebres frases que entraram para a história: “Nossa Constituição é uma mistura de dicionário de utopias e regulamentação minuciosa do efêmero”. “Uma vez criada a entidade burocrática, ela, como a matéria de Lavoisier, jamais se destrói, apenas se transforma”.
Campos e eu
No final do século passado, em Nova Iorque, o então ministro da Economia convidou-me para almoçar no Cipriani. O papo foi muito melhor do que o prato, pois o genial Campos, com seu vasto conhecimento, me deu uma brilhante e inesquecível aula de economia.
Definitivamente
No auge dos meus 80 e poucos anos tomei uma decisão irrevogável. Não assisto mais telejornais, onde só se vê sangue e matança. Televisão pra mim é só para lazer agradável, sem sangue e sem a pouca vergonha exibida nas novelas.
Aspen
Os brasileiros que passaram o Ano Novo no Colorado e estão curtindo a balada cidade de Aspen, sofrem com a falta de neve. Muitos deles estão trocando os esquis pelo hiking na neve.
Je suis Jeri
Brasilienses invadiram a Pousada Rancho do Peixe, naquele paraíso cearense, para praticar o kitesurf, a nova onda do momento. Todos assessorados pelos candangos, Vanessa e Alexandre “Mosquito”, que têm uma das melhores escolas de kite do mundo.
Deferência
Mais um momento bastante especial ganha hoje o nosso saudoso “Príncipe dos Poetas”, João Henrique Serra Azul. Em sua homenagem a Academia Internacional de Cultura promove uma tarde musical no programa “Um Piano ao Cair da Tarde”, apresentado na Brasília Super Rádio FM. Além da presença de muitos amigos, admiradores e familiares, em especial de sua Raimundinha, belas músicas e poemas embalam a programação.
Imperdível
A economista e auditora Renata d’Aguiar é a entrevistada do Programa Gilberto Amaral, que vai ao ar, às 23h, no Canal 12 da NET.
