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Gilberto Amaral

João Mizuno: homenagem ao pioneiro que amava as flores

Colunista relata a rica história de João Mizuno, que faleceu sexta-feira

Redação Jornal de Brasília

08/02/2021 6h08

Por Gilberto Amaral

No ermo da inauguração de Brasília havia uma mistura patriótica da poeira que era suavizada pelo perfume das rosas, dos lírios, das margaridas, graças ao talento e ao amor de um nipo-brasileiro que acreditou no destemor de Juscelino, deixou Taquaritinga, no interior de São Paulo, e veio para cá. Ele começou a vender flores na porta de mercados até instalar, em 1961, ao lado da mulher, Toioko Mizuno, a sua loja Flores do Planalto, a primeira do ramo na capital do país.

Abençoadamente, durante toda semana eu dava uma passada rápida por lá, primeiramente para ver o amigo, e depois para receber a boa energia que hoje compõe a trilha colorida de flores que leva o querido Mizuno para as mãos de Deus. E quão feliz está Jesus ao receber o buquê mais lindo das mãos santas desse filho amado!

Ele nem era chamado de Takeshi e nem de João, como muitos o conheciam, era simplesmente Mizuno.

Ao chegar, era sempre recepcionado pelo sorriso amável do casal, e na saída presenteado com uma flor para guiar os passos. Toda flor é santa, e Mizuno foi um santo enviado por Deus!

As festas da cidade, com o tempo, começaram a ficar mais belas e elegantes, graças à criatividade e decoração singular criada por Mizuno. Com a floricultura, juntaram recursos e fizeram alguns investimentos em imóveis, com o objetivo de obter rendas em aluguéis. E junto com a família de sua mulher Toioko, foi criada a rede Mizuno Kay de Combustíveis, uma das primeiras redes de postos do DF.

Com sua Toioko, na lua de mel

Na inauguração do Posto Nota 10, com os sócios e familiares

Na última sexta-feira Brasília se despediu deste amado pioneiro, ser humano de primeira grandeza, empresário que ajudou a elevar o nome da capital do país e que deixa um grande legado para os seus filhos, netos, bisnetas, e uma legião de amigos e admiradores. Descanse em paz e olhe por nós, querido Mizuno!

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