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Entrevista exclusiva com Diana Zambrozuski: streamer compartilha que irá transmitir suas live em nova plataforma

Karol Scott Lucena

08/04/2023 19h54

Atualizada 17/04/2023 10h43

(Imagem: reprodução)

Confira na íntegra!

Durante a edição de 2023 da Campus Party Brasília, a coluna Game Life teve a oportunidade de entrevistar de forma exclusiva Diana Zambrozuski. A streamer compartilhou sobre sua carreira e novidades exclusivas sobre as transmissões de suas lives. Leia na íntegra!

Karol: Quando você tomou a decisão de começar a produzir conteúdo gamer?

Diana Zambrozuski: Na verdade, eu jogo desde pequena, então veio essa paixão daí. E de repente começou a era das streams e lives, comecei a criar conteúdo, na verdade, por diversão total, porque eu  gostava de fazer parte dos grupos de gamers no Facebook. Tinham grupos fortes onde as pessoas compartilhavam dicas de jogos e brincadeiras em geral assim. E fazendo parte desses grupos comecei a criar um certo destaque ali, comecei a fazer cosplays e depois comecei a fazer lives também. Então quando comecei a fazer live já tinha um monte de gente assim, acompanhando, e não tinha como levar em conta, na época, que isso poderia ser uma carreira um dia. Então foi totalmente por diversão, eu não pensava como uma carreira tradicional. Então me mantive estudando, mantinha um plano B. Estava muito longe de fazer lives ainda…

Mas quando eu tinha 16, depois de uns 3 anos já criando conteúdo, surgiu uma plataforma de lives e eu tive um contrato pela primeira vez. E deu para ter uma noção de um futuro nisso. E aí virou a chave! Pensei: talvez vai ser possível trabalhar com isso mesmo. Então comecei a botar um pouco mais de brasa nessa fogueira, e em 2018 quando surgiu o Facebook Gaming, acabei focando 100% na carreira de criadora de conteúdo, streamer e tudo mais. E esse foi meu hobby por muitos anos, que me dava algum dinheiro, tinha algumas perspectivas de futuro, mas em 2018 com contrato e a publicidade, que vi que era realmente uma possibilidade de carreira.

Karol: Sei que o seu jogo da vida é LOL, mas teria outro que divide esse espaço?

Diana Zambrozuski: Ultimamente o jogo que mais fez diferença na vida também foi o COD Warzone, eu gostei muito dele. Mas sempre que me perguntam, realmente o jogo da minha vida é o LOL, porque graças a ele comecei a criar conteúdo e estou aqui hoje. Voltei a jogar LOL, porque o Warzone mudou, e no Warzone 2 eu me senti  um pouco orfã. Eu gostava muito da jogabilidade do 1, então voltei pro LOL e estou lá sofrendo no prata… Ih! Prata não! Estou no bronze! mas agora pelo menos tem ferro (risos). Mas então, o COD Warzone me marcou muito e também os jogos de terror. Descobri que o público gostava muito de me ver passando por perrengues na frente da tela, então comecei a jogar vários jogos de terror, como jogos de história, aventuras e grandes lançamentos! Sempre trago para coisa nova para a galera.

Karol: Qual jogo você mais gosta de streamar?

Diana Zambrozuski: Eu acho que GTA RP. Porque já é uma franquia que todo mundo gosta, e de repente surgiu essa febre do GTA RP, onde tem um servidor fechado que você tem interações com pessoas reais e você vive um personagem ali. Ele está famoso a ponto de várias celebridades jogarem, inclusive até a Anitta já jogou! Eu tive a experiência de jogar com ela, foi super legal! O GTA RP é um jogo que está bombando nas plataformas de live, e a experiência de fazer live dele é incrível. É uma história que se amarra na outra e você vive com tanta emoção que eu já chorei várias vezes na minha live por algo que aconteceu no jogo. Nos sentimos realmente impactados com o que está acontecendo ali. Então ele também me marcou bastante, e além de ser legal de jogar, faz muito sucesso ao vivo. É muito importante isso, né?  Eu não posso simplesmente jogar algo que me diverte, mas que a audiência não conhece muito ou não gosta. Então o GTA RP é perfeito, porque a chance de você ser alavancado fica ainda maior pelo fato de você também estar jogando com outros influenciadores streamers. 

Karol: Quais são os desafios desse meio gamer que você enfrentou, superou e tem orgulho disso?

Diana Zambrozuski: É uma jornada do dia a dia, né? Antigamente eu acho que era um pouco mais hostil ainda fazer parte desse cenário de gamer sendo mulher. Porque nesses grupos quando íamos divulgar que estávamos ao vivo, algo assim, o número de comentários nos ridicularizando por estar ali era muito grande e ninguém fazia nada a respeito. Até a administração do grupo não ligava, porque todo mundo estava falando besteira, e eles não tinham controle nenhum. Mas de uns tempos pra cá muita coisa mudou, as pessoas estão se cuidando mais.

Todo mundo sabe que a Internet é terra sem lei, embora eu ache que ainda estamos na idade da pedra, há muito o que melhorar. Sempre tivemos que ler comentários que não gostamos e a experiência de estar ao vivo acaba impactando nesse ponto. Porque você lê aquele comentário e acaba reagindo ao vivo. Você pode até tentar disfarçar, mas muitas vezes não tem como correr. Já teve casos de pessoas mandando doação na minha live e aproveitando a mensagem de doação, que aparece na tela, para falar besteira. Então a gente tem que ter muito jogo de cintura pra lidar com isso, né?  Para não deixar que atinja a gente, mas para saber que isso tem mais a ver com a pessoa que falou do que com a gente.

Por exemplo, é muito normal a gente receber doações quando a se é streamer e isso já faz parte da cultura, todo mundo sabe. Só que que quando você é mulher e recebe uma doação, o povo vai ficar pegando muito no pé. Dizem: “porque você está doando pra ela?” ou “você tem interesse nela”, sempre tem alguma coisa. A gente nunca pode estar tendo um certo sucesso, ou ter visualização, ou simplesmente ser engraçada, ou jogar bem… qualquer coisa que qualquer homem poderia estar fazendo! Tem esse peso, mas muito jogo de cintura e paciência, porque em qualquer área também será assim. Mas também é muito legal, aproveitamos essa área para nos divertirmos muito, tem muitos comentários bons. Então também podemos relaxar e ler as coisas positivas quando os outros comentários estão doendo. Faz parte, vai machucar uma hora ou outra, mas temos que continuar porque é uma luta que temos. Temos que ter esperança, está melhorando.

Karol: Você passa muito tempo em lives, né? Como conciliar a vida pessoal e profissional?  

Diana Zambrozuski: Nossa! Ultimamente minha vida virou um reality show, cumpro muitas horas de live por mês, cerca de 120 horas de live. Estou nesse ritmo há muitos anos e sempre estou com a corda no meu pescoço porque nunca é só fazer live. Também crio conteúdo para Instagram para TikTok, para as redes sociais, faço eventos…  Então sempre estou numa correria! Já teve muitas vezes que eu acordava, tomava banho e já abria a live, e ia até a hora de dormir de novo. Então nesse meio tempo acontecem muitas coisas que impactam minha vida pessoal e as pessoas acabam sabendo. É uma mistura interessante muitas vezes, porque é legal as pessoas saberem das nossas vulnerabilidades, e nos enxergarem como humanos. Mas a gente tem que saber dosar um certo limite para que as pessoas também não fiquem por dentro de coisas que são nossa privacidade.

É engraçado lidar com tudo isso ao vivo, mas a experiência vai nos deixando mais fortes e prontos para cada batalha. De fato, a vida ao vivo é bem louca, já cheguei a fazer live até dormindo (risos).

Karol: E sua saúde mental como está? (risos) 

Diana Zambrozuski: É muito importante estar sempre fazendo terapia e ter bons amigos para conversar de vez em quando. Porque criar conteúdo é uma coisa muito nova, e as pessoas acabam com problemas psicológico por causa disso. É muita pressão de todos os lados, o medo do amanhã, a insegurança do futuro, do flop que mora ao lado… Então tem muitos fatores para se considerar, mas o tempo cura tudo e continuamos trabalhando e tem sido muito legal dar um passo de cada vez. E sempre há uma nova jornada para cumprir.

Karol: Conta um pouco pra gente sobre o POD DAR TRETA e da onde você consegue tirar tempo para gravar?

Diana Zambrozuski: Nossa! O podcast foi muito legal. Eu e a minha colega, que também faz lives, a FanBabe, a gente se reunia para fazer uma temporada por mês. E assim dava mais certo, porque a gente passava só uma semana fazendo tudo e depois conseguia tempo para se dedicas as nossas lives e outros compromissos. Acho que a melhor coisa do podcast foi conseguir se encontrar com tanta gente, fazer contatos, conversar com muitos criadores de conteúdo… isso foi valioso. Agora demos uma pausa. Não sabemos como vai ser o futuro e se vamos continuar. Porque ela teve uma bebê, lindíssima por sinal. Mas foi uma experiência absurda! Foi maravilhoso ter um podcast, e bem desafiador por conta da rotina de horários. Teve vezes que eu cheguei no podcast fazendo live e só encerrava a live na hora de começar o podcast.

Mas foi muito legal. Tem pessoas e influenciadores que eu encontro hoje que tem um grande laço de amizade por conta de ter ficado horas batendo papo comigo naquele programa e aí nos tornamos amigos por causa disso. Então podcast é muito legal para você poder conversar de verdade e conhecer profundamente a pessoa que está ali. 

Karol: Você desenha muito bem. Como começou essa paixão? Conta também um pouco de como foi sua experiência encontrando e entregando seus desenhos para a Margot Robbie e o Keanu Reeves.

Diana Zambrozuski: Eu sempre gostei de desenhar, desde criança. É uma coisa que está interligada, o desenho e criação de conteúdo, porque hoje estou aqui por ter começado a fazer cosplays quando eu era mais nova. E o cosplay é aquela fantasia, aquela armadura toda, aquelas espadas na mão… é um trabalho artesanal e tanto. E foi eu mesma que fiz, porque eu sempre fui muito fã de desenhos, de Art Attack, de colocar a mão na massa… então foi muito legal poder unir essa paixão por desenhar para começar a postar na internet e tudo mais. Mas desenhar sempre foi um hobby muito legal que eu gosto de ter, então quando de repente tive a oportunidade de entrevistar a Margot Robbie eu fiquei “UAU!”. E eu só descobri com cerca de três dias de antecedência, então eu imaginei que seria irado se eu conseguisse fazer um desenho dela e ver qual seria a reação. Então corri para fazer e depois da entrevista, entreguei pra ela. Ela amou e a reação foi incrível!

E isso me deu um gancho bacana para conteúdo, toda vez que tenho oportunidade de encontrar com alguma celebridade, alguém que eu admire muito, faço um desenho dessa pessoa e ainda vou criar um conteúdo muito legal em cima disso. Além de ficar muito realizada também. Já entreguei desenhos nos podcasts que fui. Entreguei para os meninos do Flow, desenhei o Christian Figueiredo no podcast dele, o Eu Fico Loko, e recentemente, a última grande celebridade que entrevistei foi Keanu Reeves na CCXP. Tive a oportunidade de fazer um “meet and greet” com ele, e aí aproveitei, fiz um desenho dele. Só tive um dia para fazer aquele desenho, então foi um dia inteiro desenhando (e em live ainda por cima). Mas o desenho deu certo, ufa! Ficou legal, porque assim, demora muitas horas para que eu olhe para um desenho e pense “deu certo!”. Por muitas horas aquele desenho é só fé e calma, que na hora dos detalhes isso vai dar certo. Então a reação dele também foi incrivel, ele é uma pessoa super humilde, muito carinhoso, bem tímido, quieto… Ele gostou muito do desenho e depois a produção até me falou que ele levou pra casa com ele. Então foi super legal, fiquei muito feliz! Foi mais uma oportunidade que encontrei na vida de estar muito realizada e ainda criar conteúdo com os desenhos. 

Karol: Onde podemos te encontrar?

Diana Zambrozuski: Minhas redes sociais todas são @dianazambrozuski, com exceção do Twitter que é @dianazuski. Sei que o sobrenome é complicado, mas se você escrever “Diana Z” você vai me encontrar (risos). E um furo de reportagem aqui é que eu acabei de encerrar minhas lives no Facebook, agora estou provavelmente indo para a Twitch. Eu já tenho um canal lá, a galera pode seguir. Então em breve estarei de volta na plataforma fazendo lives nessa nova jornada. 


Esse foi nosso papo com a Diana! Se você gostou, nos conte lá no instagram.

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