A menos de um ano da Copa do Mundo de 2026, paira uma nuvem de insegurança sobre a maior competição esportiva do planeta — e o motivo não está nos gramados, mas na Casa Branca. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dar declarações que colocam em dúvida a estabilidade do evento, sinalizando que pode intervir na definição das cidades-sede dentro do território norte-americano.
Segundo Trump, só manterá jogos em locais que, na sua avaliação, ofereçam plena segurança aos torcedores. Em tom crítico e sem apresentar dados concretos, ele acusou administrações de algumas cidades de não garantirem condições adequadas e ameaçou transferir partidas para outros centros urbanos. Em seu discurso, não faltaram ataques políticos: governadores e prefeitos ligados ao Partido Democrata foram classificados como “lunáticos radicais de esquerda”, uma amostra do viés ideológico que pode atravessar decisões de impacto global.
A instabilidade causada por esse tipo de declaração preocupa organizadores, patrocinadores e torcedores. Até aqui, os jogos da Copa nos EUA estão distribuídos por Atlanta, Boston, Dallas, Houston, Los Angeles, Kansas City, Miami, Nova York/Nova Jersey, Filadélfia, Seattle e San Francisco. No Canadá, Toronto e Vancouver; no México, Guadalajara, Cidade do México e Monterrey. Mas, se depender da volatilidade de Trump, nada parece garantido.
A edição de 2026 será histórica, com 48 seleções entre 11 de junho e 19 de julho. O sorteio dos grupos já tem data marcada: 5 de dezembro, em Washington. Contudo, até o apito inicial, paira o risco de que a instabilidade política e o estilo imprevisível do presidente norte-americano tragam mais turbulências ao torneio do que qualquer zebra dentro de campo.