Nesta semana passada, Maria Lucia Alves, a mãe do ex-jogador Daniel Alves, virou notícia no mundo inteiro, após fazer uma publicação nas redes sociais. Ela divulgou imagens e o nome da jovem que acusa Daniel Alves de a ter estuprado em 2022.
No Instagram, Maria Lucia divulgou fotos e o nome da jovem que acusa Daniel Alves de agressão sexual. Na publicação, a mãe do jogador faz acusações contra a moça, questionando se ela realmente estava abalada com a situação, já que continua saindo com amigos. Maria Lucia também acusa a jovem de só querer a indenização do processo.
O vídeo sugere que as atitudes da mulher são incompatíveis com as sequelas físicas e psicológicas de um estupro. Só que, na Espanha, divulgar imagens de vítimas de agressão sexual na tentativa de descredibilizá-las , é considerado crime.
E agora surge uma informação no site FutbolFinanzas, em que a jornalista Mairenis Gómez levanta a possibilidade de responsabilizar criminalmente não apenas a mãe de Daniel Alves, como também os veículos de comunicação que publicaram as imagens da vítima. Veja a seguir trecho da matéria do site espanhol:
Violação da privacidade da vítima
“O direito à privacidade é um pilar fundamental nas nossas sociedades. A recomendação do Tribunal de Instrução número 15 de Barcelona, ??ao proibir a divulgação de qualquer informação sobre a identidade da vítima, nada mais é do que um reflexo deste princípio. No entanto, a decisão de Lucía Alves de ignorar esta ordem e publicar imagens e dados pessoais da vítima nas redes sociais constitui um claro desafio a este direito. A vítima, ao apresentar uma queixa, procura não só justiça, mas também respeito pela sua privacidade… Por sua vez, os meios de comunicação que reproduziram o vídeo também se encontram numa posição delicada. Por um lado, têm o dever de informar o público, mas, por outro, devem respeitar a privacidade e a dignidade das pessoas envolvidas nas notícias que cobrem. Neste caso, a reprodução do vídeo por alguns meios de comunicação poderia ser vista como uma colaboração na violação da privacidade da vítima, expondo-a a possíveis processos penais”, conclui a reportagem.
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