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Saiba se a ex-global Mariana Godoy ainda pode denunciar Roberto Avallone por crime sexual

A filha do jornalista ficou revoltada com a acusação: “Ah, Mariana, você é uma piadinha né?”

Marcondes Brito

23/07/2024 6h46

mariana e avallone

Reprodução/Montagem

E, de repente, começou a pipocar polêmica atrás de polêmica com ex-apresentadoras da Globo. Na semana que passou, mostramos aqui a história de Janaina Xavier, que disse ter sido demitida “por causa de sua beleza”; e agora surgiu um caso ainda mais intrigante, protagonizado pela jornalista Mariana Godoy, hoje da Record, que revelou uma situação de assédio sexual envolvendo o jornalista esportivo Roberto Avallone, falecido em 2019.

Afinal, ainda daria tempo de Mariana Godoy procurar as autoridades em busca de Justiça? A coluna Futebol Etc ouviu a opinião do advogado Arthur Asfóra, que é membro da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, e ele tirou nos essa dúvida:

“Temos dois empecilhos para que haja a possibilidade de uma denúncia contra o suposto agressor: primeiro é o fato de o agente estar morto. O óbito do agressor é uma das causas de extinção da possível punibilidade de quem pratica o ato criminoso. Então, a partir do momento que ele vem a óbito ele não pode mais ser denunciado, de forma que não há que se falar em denúncia contra quem já está morto. O segundo empecilho seria o prazo prescricional, o prazo para proceder com a representação e comunicar o fato à autoridade policial. Esse prazo prescricional atualmente é de 20 anos; na época certamente era um pouco menor. Porém, ainda que se considerasse o prazo de hoje, um crime acontecido na década de 1980 já estaria prescrito”, disse o especialista.

Revolta da família

Após a repercussão do caso, Anna Flávia Avallone, filha de Avallone, criticou a postura de Mariana em tornar público o assédio após cinco anos da morte de Roberto.

“Ah, Mariana, você é uma piadinha né? Fácil querer se mostrar na mídia usando o nome de uma pessoa que nem pode se defender”, publicou em sua rede social.

Ex-mulher de Avalone, Ana Kalyne, que também é jornalista, seguiu o mesmo ponto da filha, mas não questionou a veracidade do relato de Mariana.

“Quero deixar claro que não estou dizendo se é verdade ou mentira a declaração dela, mas sim o momento escolhido para falar sobre. Se não o fez a época por causa de oportunidades profissionais, o fizesse quando ele estava vivo. Ele faleceu faz 5 anos e meio. Então, ela teve muito tempo”, disse Kalyne.

Entenda o caso

Numa entrevista ao canal do jornalista Cosme Rímoli  (blogueiro do R7) no YouTube, Mariana Godoy disse que o episódio ocorreu três décadas atrás, quando Avallone era seu chefe.

Roberto Avallone foi um dos principais jornalistas esportivos de sua geração. Ele começou a ganhar destaque nos anos 80, com passagem pela Rádio Globo, TV Gazeta e Eldorado. Nos anos 2000, iniciou sua trajetória na Rede TV!, passando depois pela Bandeirantes, Rádio Capital e CNT.

Segundo Mariana Godoy, o assédio aconteceu quando foi convidada para um teste na Record. Ao avisar para Avallone, então seu chefe na TV Gazeta, sobre a oportunidade, a jornalista acabou surpreendida com a reação dele.

“Quando eu contei isso para o Avallone, ele ficou tão feliz com a minha fidelidade à Gazeta, que pegou minha boca para me dar um beijo, como se fosse um prêmio. Eu dei um tapa, um empurrão, saí de lá, e fui chorar no banheiro. Fiquei arrasada e com medo”, contou Mariana, que decidiu não denunciá-lo.

“O Avallone não fez isso como quem diz ‘ou você me beija, ou está fora’. Foi porque ele era sem noção, extremamente vaidoso e realmente achava que um beijo dele era um prêmio para alguém. Ele era só uma pessoa com quem eu não queria mais proximidade. Não falei com ele durante anos”, declarou.

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