A vitória do Brasil por 2 a 0 sobre Senegal, neste sábado (15), não ficou restrita ao campo. Além de marcar o primeiro triunfo na história da Seleção Brasileira diante deste adversário, o resultado provocou forte reação na Associação Senegalesa de Futebol, que demonstrou evidente desconforto após a partida.
Apesar de ser um amistoso, Senegal tratou o jogo como uma espécie de afirmação esportiva. Confrontos entre as duas seleções sempre foram cercados de equilíbrio, e o retrospecto favorecia amplamente os africanos: em 2019, empate; em 2023, vitória de Senegal. Desta vez, o Brasil dominou o jogo e venceu com autoridade, o que fez a delegação senegalesa deixar o Emirates Stadium reclamando não da atuação, mas da organização do evento.
Em entrevista ao portal senegalês WiwSport, o técnico Pape Thiaw acusou os organizadores de terem favorecido a Seleção Brasileira. Segundo ele, Senegal só chegou ao estádio faltando 40 minutos para o início da partida, por causa de um congestionamento em Londres, e a equipe também teria sido impedida de treinar na véspera no gramado do Emirates – privilégio que, segundo Thiaw, o Brasil teria recebido. A queixa virou narrativa oficial da comissão técnica após o apito final.
Internamente, porém, a leitura é simples: Senegal não assimilou bem a derrota inédita. O jogo era amistoso apenas no nome; dentro de campo, os africanos trataram como decisão. A perda da invencibilidade e a superioridade brasileira incomodaram – e o pós-jogo acabou dominado por justificativas extracampo.
Enquanto Senegal buscava culpados, a repercussão mundial seguiu outro caminho. A atuação da Seleção de Carlo Ancelotti foi celebrada com entusiasmo pelos principais jornais esportivos do planeta, que analisaram o desempenho de forma elogiosa e destacaram a evolução do time a sete meses da Copa do Mundo de 2026.
Reação da mídia internacional
* As (Espanha)
O jornal afirmou que Ancelotti “despertou um monstro” e classificou o jogo como “uma festa do Brasil”.
* Marca (Espanha)
O diário voltou a usar a expressão “Real Brasil” para definir o estilo de jogo implementado por Ancelotti, comparando a seleção ao Real Madrid multicampeão. Ressaltou que, em igualdade de trocas ofensivas, o Brasil tende a vencer quase sempre.
* Olé (Argentina)
O portal argentino reconheceu a superioridade brasileira e disse que o Brasil “controlou os africanos como quis”, apesar da experiência de nomes como Mané e Koulibaly.
* L’Équipe (França)
O veículo destacou que o Brasil venceu “com muita facilidade” e ganhou ainda mais confiança para o Mundial, classificando o triunfo como indiscutível.