Oscar sempre foi um jogador de talento raro. Revelado pelo São Paulo, destacou-se no Internacional, chegou à Seleção Brasileira e marcou, inclusive, o único gol do Brasil naquele 7 a 1. Uma carreira cheia de altos e baixos, mas sempre marcada pela qualidade técnica. Agora, porém, o nome do meia volta ao noticiário por um motivo bem diferente.
Durante exames cardiológicos de pré-temporada no CT do São Paulo, no dia 11 de novembro, Oscar sofreu uma síncope – um desmaio repentino – durante um teste de esforço. Levado imediatamente ao Hospital Albert Einstein, passou por uma bateria de avaliações. O diagnóstico divulgado pelo clube foi de “síncope vasovagal”, condição geralmente benigna, mas que exige investigação cuidadosa quando se trata de atletas de alta performance.
Especialistas de SP ouvidos pela coluna Futebol Etc afirmam que a síncope vasovagal ocorre quando o sistema nervoso autônomo reage de forma inadequada a um gatilho, como esforço físico, dor, estresse ou calor. Há uma queda súbita da pressão arterial ou da frequência cardíaca, reduzindo o fluxo de sangue ao cérebro e provocando o desmaio. Para a maioria das pessoas, a situação costuma ser pontual. Mas, no esporte de alto rendimento, qualquer alteração cardíaca é motivo de preocupação.
Eles explicaram que o quadro de Oscar é compatível com o diagnóstico divulgado pelo clube e, em princípio, não indica risco maior. Ainda assim, reforçaram que episódios sob esforço pedem investigação detalhada, justamente para afastar outras patologias que possam comprometer a carreira de um atleta profissional.
Oscar, que já vinha lidando com uma sequência de lesões, continuará sendo acompanhado e deve passar por um estudo eletrofisiológico para esclarecer por completo sua condição. O São Paulo, por meio do diretor de futebol Carlos Belmonte, afirmou que o clube dará todo o apoio necessário e que a prioridade é a saúde do jogador. Seu contrato vai até 2027, e qualquer decisão futura – inclusive sobre aposentadoria – será respeitada.