John Textor gosta de confusão e não aceita conselhos. O dono da SAF do Botafogo ficou indignado com as críticas que recebeu de Leila Pereira, presidente do Palmeiras, e pretende processa-la nos Estados Unidos e já contratou o advogado Paul Tuchmann, que atuou no Fifagate.
Textor confirmou ao GE o movimento contra a dirigente do Palmeiras, com quem tem discutido publicamente desde o fim do Campeonato Brasileiro de 2023.
A ação do proprietário da SAF do Botafogo também terá como alvo o auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva, do STJD, que sugeriu ao pleno do Tribunal uma suspensão de seis anos e uma multa de R$ 2 milhões ao empresário norte-americano ao considerar como imprestáveis as provas apresentadas por Textor no inquérito que apura as denúncias de manipulação de resultados no Brasil.
O que Leila disse
“Eu acho que o John Textor hoje é a grande vergonha do futebol brasileiro. É um idiota. É uma irresponsabilidade ímpar uma pessoa ficar fomentando mentiras, porque se ele não prova… até que se prove… ele tem que comprovar. E quem quer fazer uma denúncia séria, não fica indo em podcast fazendo denúncias, vai no Ministério Público, apresenta as suas provas. É uma irresponsabilidade. Esse senhor é um fanfarrão. Se ele não comprovar, ele tem que ser punido de uma forma exemplar. Esse homem deveria ser banido do futebol brasileiro. Ele fala tanto em inteligência artificial. Ele deveria dar menos valor à inteligência artificial e mais à inteligência emocional, que ele não tem absolutamente nenhuma. Então agora quem tem que tomar as providências são as autoridades. A parte do Palmeiras, nós já fizemos”, disse Leila.
Textor enfurecido
“Ela cruzou a linha. Eu vou atrás dela.(…) Estou obviamente sendo atacado. (…) Estou bem representado (na Justiça dos EUA). Leila cruzou a linha. Este senhor Mauro cruzou a linha. Então eu e Paul Tuchmann vamos olhar para isso”, afirmou Textor.
Paul Tuchmann foi promotor do Departamento de Justiça dos Estados Unidos e atuou no caso Fifagate, investigação que trouxe a público o maior escândalo de corrupção no futebol mundial. Diversos dirigentes foram presos, como José Maria Marin, ex-presidente da CBF.
“Não é um crime, porque Leila não fez nada nos EUA, mas é uma regra anticorrupção. Diz que as pessoas que impedirem ou obstruírem investigações anticorrupção podem perder seus vistos e podem perder seu direito de visitar os EUA”, explicou Textor.
A ação intimidatória do cartola botafoguense revela uma estratégia mais abrangente. John Textor, que já foi processado por Leila Pereira, sabe que será alvo de outros processos na Justiça. Todos os que são citados nas supostas manipulações (atletas e instituições), certamente vão entrar com pedidos de danos morais contra o gringo.
O fogo no parquinho vai se alastrar. E muito!
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