A fase do Corinthians, que já era dramática após o impeachment do presidente Augusto Melo, atingiu nesta terça-feira (12) um novo nível de instabilidade. O clube recebeu um transfer ban da FIFA por não quitar uma dívida de US$ 6,145 milhões (R$ 33,47 milhões) com o Santos Laguna, do México, referente à compra do zagueiro Félix Torres.
O prazo para pagamento, fixado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) em decisão de 28 de julho, expirou às 23h59 da última segunda-feira (11). Mesmo com tentativas de negociação, a diretoria corintiana não conseguiu convencer os mexicanos a estender o vencimento, apesar de usar como argumento a recente troca de presidente.
Com a punição, o Corinthians está impedido de registrar novos jogadores até quitar integralmente o valor devido. Horas antes do prazo final, o clube conseguiu acelerar a inscrição do atacante Vitinho na CBF, numa verdadeira corrida contra o tempo para escapar da restrição.
A sanção da FIFA pode ser apenas a primeira de uma série. O Corinthians enfrenta dificuldades para honrar compromissos salariais e débitos com outros clubes, o que abre espaço para uma enxurrada de novas ações na entidade máxima do futebol. O cenário agrava a sensação de descontrole administrativo no Parque São Jorge, que agora precisa lidar simultaneamente com a crise política, a pressão das arquibancadas e a ameaça de um colapso financeiro.