O Flamengo anunciou nesta segunda-feira a renovação do contrato do técnico Filipe Luís até o fim de 2027, encerrando semanas de negociações e colocando ponto final em um debate que extrapolou os bastidores do clube e ganhou grande repercussão entre os torcedores.
O tema foi tratado anteriormente na coluna Futebol etc., onde a renovação foi defendida como prioridade absoluta. O argumento era simples e direto: o Flamengo já errou demais na escolha de treinadores e pagou caro por isso. Somente em indenizações a técnicos que fracassaram, o clube acumulou um prejuízo estimado em cerca de 50 milhões de reais. Diante desse histórico, não faria sentido algum, depois de uma temporada tão vitoriosa, simplesmente abrir mão de um trabalho consolidado para apostar novamente no risco.
A repercussão da coluna foi imediata e intensa. Em poucas horas, centenas de torcedores do Flamengo comentaram na página do portal. Curiosamente, a maior parte das manifestações foi no sentido de apoiar a diretoria por endurecer a negociação. Muitos torcedores entenderam que, mesmo reconhecendo o excelente trabalho do treinador, o clube precisava agir com racionalidade, sem transformar a renovação em um cheque em branco.
No fim das contas, parece ter prevalecido o espírito de juízo dentro da diretoria. Clube e treinador ajustaram expectativas, alinharam interesses e chegaram a um acordo. O desfecho foi a renovação do contrato e a manutenção de um projeto que já entregou resultados esportivos expressivos.
Em 2025, Filipe Luís comandou o Flamengo a uma temporada histórica, com títulos do Campeonato Carioca, da Supercopa do Brasil, do Campeonato Brasileiro, da Libertadores, além do Dérbi das Américas e da Copa Challenger. A permanência do treinador representa, ao mesmo tempo, a continuidade de um trabalho vencedor e uma rara decisão que foge ao padrão recente de erros caros e trocas precipitadas no comando técnico.