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Atlético domina, mas falha nos pênaltis e perde a Sul-Americana para o Lanús

A tarde decepcionante do Atlético aprofunda a instabilidade de uma equipe que já convive com turbulências esportivas e institucionais

Marcondes Brito

22/11/2025 19h55

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Reprodução

A final da Copa Sul-Americana entre Atlético e Lanús terminou como muitos imaginavam diante do clima tenso e típico de competições continentais. O 0 a 0 no tempo normal sintetizou um jogo truncado, tecnicamente fraco, cheio de disputas físicas e com aquele ambiente pesado de Sul-Americana, tão parecido com o da Libertadores.

O Atlético ficou mais tempo com a bola, ditou o ritmo e ocupou o campo ofensivo durante quase toda a partida. Já o Lanús adotou uma estratégia clara: linha baixa, muita compactação, travando o jogo e parecendo satisfeito em levar a decisão para os pênaltis. E conseguiu.

Na prorrogação, o roteiro se repetiu. O Galo rondou a área adversária, mas sem criatividade para transformar superioridade territorial em chances reais. O Lanús resistiu, arrastou o jogo até onde queria e empurrou a decisão para as penalidades.

A partir dali, pesou o fator emocional. O Atlético mostrou instabilidade, principalmente com seu principal jogador em má noite. Hulk fez uma atuação irregular, permaneceu em campo o jogo inteiro, inclusive na prorrogação, mas merecia ter saído. Na primeira cobrança da série, perdeu o pênalti que abriu caminho para o descontrole alvinegro.

A sequência ficou ainda mais pesada quando Biel, atacante brasileiro emprestado pelo Sport, desperdiçou outra cobrança. Ele já havia protagonizado o lance mais inacreditável do jogo: perdeu um gol praticamente embaixo da trave no fim do tempo normal. Repetiu o erro na marca da cal e tornou-se peça central na frustração atleticana.

Derrota amplia a crise e expõe o caso Banco Master

A tarde decepcionante do Atlético aprofunda a instabilidade de uma equipe que já convive com turbulências esportivas e institucionais. O time patina no Campeonato Brasileiro, enfrenta protestos frequentes da torcida e, para completar, viu seu nome envolvido na polêmica participação do Banco Master na formação da SAF. O assunto, que já vinha causando desgaste político e levantando questionamentos internos, volta agora com força total. Sem o alívio de um título, a derrota expõe ainda mais as fragilidades do clube e aumenta a pressão por explicações e transparência.

Retrospecto brasileiro segue preocupante

A derrota do Atlético confirma a fase difícil dos clubes brasileiros na Copa Sul-Americana. Enquanto a Libertadores vive um período de hegemonia brasileira, com decisões nacionais recentes e outra final entre dois clubes do país marcada para a próxima semana, a realidade da Sul-Americana tem sido o oposto. Desde 2021, o Brasil só acumulou frustrações: São Paulo vice em 2022, Fortaleza vice em 2023 e Cruzeiro vice em 2024 diante do Racing. O novo revés amplia o jejum, reforça a vantagem recente de argentinos e equatorianos e mantém o torneio como uma pedra no sapato do futebol nacional.

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