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Futebol ETC
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As “provas” de fraude de Textor são parecidas com aquelas que Bolsonaro tinha sobre as urnas eletrônicas

As acusações sobre suposta manipulação nos resultados do futebol e das eleições presidenciais, têm em comum a falta de provas

Marcondes Brito

03/04/2024 6h46

Reprodução/Montagem

O que o norte-americano John Textor está fazendo com o futebol brasileiro é algo semelhante ao que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou fazer com as urnas eletrônicas. Ambos garantem que existem fraudes, mas simplesmente não apresentaram provas. Absolutamente, nenhuma!

Textor acusa que houve manipulação para favorecer o Palmeiras no Brasileirão. Ele disse que jogadores do São Paulo e do Fortaleza, em jogos contra o Palmeiras, supostamente teriam chegado a exibir “desvios anormais em situações de gol”. Uma acusação meio esquizofrênica, baseada (acredite!) em parecer de especialistas em Inteligência Artificial.

Em nota, o São Paulo disse repudiar as acusações “sem vestígio de prova”. E afirmou que tomaria medidas legais na esfera legal. A decisão é por dois tipos de processo, um criminal e outro esportivo, este segundo provavelmente no STJD.

Também em nota, o Fortaleza repudiou as acusações: “As afirmações, proferidas sem a apresentação de quaisquer provas, maculam a reputação de nossa instituição centenária e geram graves danos de imagem do clube”, destaca o clube cearense.

Bolsonaro, a mesma coisa

Recorde-se que, em 2021, Jair Bolsonaro enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), documentação relativa às acusações de “fraude” nas urnas eletrônicas nas eleições de 2014 e de 2018. No entanto – de acordo com o próprio TSE – não foram apresentadas provas de que as urnas foram de fato adulteradas. 

Depois das eleições de 2022, quando o ex-presidente foi derrotado por Luis Inácio Lula da Silva, ele voltou a atacar as urnas, usando inclusive suposta investigação que teria sido feita pelas Forças Armadas.

Em março deste ano, no entanto, o general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, afirmou em seu depoimento à Polícia Federal ter dito a Jair Bolsonaro, em mais de uma ocasião, que não foi encontrada nenhuma prova de fraude nas urnas eletrônicas.

À primeira vista, parece um sintoma de “mitomania”. Trata-se de uma compulsão por contar e sustentar algo que não existiu, com o objetivo a autoproteção ou, muitas vezes, o falseamento da realidade, de maneira a fazê-la parecer melhor. 

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