A negociação para a Caixa Econômica Federal entrar no naming rights do estádio do Corinthians está em andamento, com agendas já alinhadas entre as partes. A informação foi confirmada a esta coluna por uma alta fonte da Caixa em Brasília. Na mesa, estão formatos que combinam aquisição do nome da arena e patrocínio master da camisa, atrelados a uma engenharia para liquidar a dívida do estádio inaugurado em 2014.
A novidade corrobora o que circulou neste início de semana, mas avança um passo: há tratativas ativas entre o banco e o clube. O ponto sensível, como já levantado por Juca Kfouri, é o contrato vigente com a Neo Química, que tem os direitos até 2040. Qualquer acerto com a Caixa passa por uma solução jurídica e financeira para essa ruptura ou compra de contrato.
O que está sendo discutido
• Naming rights: mudança de “Neo Química Arena” para um formato que pode incluir Caixa no nome comercial do estádio.
• Patrocínio: possibilidade de a Caixa assumir espaço principal na camisa, compondo o pacote.
• Dívida: estrutura que encerre o passivo com o próprio banco, origem da relação desde a construção, entre 2011 e 2014.
Enquanto a conversa institucional avança, a Gaviões da Fiel mantém a campanha “Doe Arena Corinthians”, a popular “vaquinha do Corinthians”, e anunciou no fim de outubro o pagamento de duas parcelas da dívida com a Caixa. Até aqui, foram arrecadados 41.061.323,13 reais, esforço paralelo que não substitui, mas ajuda a viabilizar a solução ampla que está sendo montada.
Nem Corinthians nem Caixa comentam oficialmente. Nos bastidores, porém, a negociação existe e evolui.
O Timão de Lula
É claro que a conversa já provoca ruído nas redes sociais: o Corinthians é o time do coração do presidente Lula. Verdade. Mas isso não impede uma instituição financeira de negociar com o segundo clube de maior torcida do país. Negócio é negócio. Vão falar? Que falem.