Carlo Ancelotti confirmou nesta segunda-feira aquilo que todo mundo já esperava: a lista da seleção brasileira para os amistosos de novembro, contra Senegal e Tunísia, na Europa, mais uma vez não traz Neymar e nem Endrick. Mas a convocação tem três novidades importantes — e isso muda o peso da lista de hoje. Foram chamados pela primeira vez o centroavante Vitor Roque, do Palmeiras, o lateral Luciano Juba, do Bahia, e o volante Fabinho, que hoje atua pelo Al-Ittihad, da Arábia Saudita.
São amistosos, sim. São jogos de observação, de testes, de manutenção. Só que nem por isso eles são irrelevantes. Muito pelo contrário: esses amistosos também pontuam para o ranking da Fifa. E o Brasil está numa posição incômoda, a pior em nove anos. Depois da Data Fifa de outubro, quando enfrentou Coreia do Sul e Japão, a seleção aparece em sétimo lugar, com 1758,85 pontos. A última vez em que o Brasil esteve tão baixo no ranking foi em agosto de 2016, no período pré-Tite, quando figurou em nono, com 1156 pontos.
Ou seja: os testes são válidos, Ancelotti precisa ter liberdade para experimentar, mas o astral precisa começar a mudar. A seleção não pode normalizar ficar lá atrás na lista da Fifa. Para um país que se acostumou a conviver no topo, sétimo lugar é desconfortável — e feio.
Convocados
Goleiros: Bento (Al-Nassr), Ederson (Fenerbahçe), Hugo Souza (Corinthians)
Defensores: Alex Sandro (Flamengo), Danilo (Flamengo), Caio Henrique (Monaco), Militão (Real Madrid), Fabrício Bruno (Cruzeiro), Gabriel Magalhães (Arsenal), Luciano Juba (Bahia), Marquinhos (PSG), Paulo Henrique (Vasco), Wesley (Roma)
Meio-campistas: Andrey Santos (Chelsea), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Fabinho (Al-Ittihad), Paquetá (West Ham)
Atacantes: Estevão (Chelsea), João Pedro (Chelsea), Luiz Henrique (Zenit), Matheus Cunha (Manchester United), Richarlison (Tottenham), Rodrygo (Real Madrid), Vini Jr (Real Madrid), Vitor Roque (Palmeiras)