Os jogos entre Real Brasília X Capital-TO, sábado, pela Série D, no Bezerrão; Flamengo X Criciúma, domingo, pela Série A, no Mané Garrincha, serão vistoriados pelos “Caçadores de Estádios de Futebol”, um projeto que busca uma maneira de melhorar a acessibilidade nos estádios do Brasil e também do exterior.
Comandados por Cláudio Bazoli, 46 anos e Karla Bazoli, 37 anos , moradores do Rio de Janeiro, os @cacadoresdeestádiosdefutebol tentam, desta forma, atrair mais deficientes para eventos nos estádios. “Muitos cadeirantes não frequentam os jogos pois há pouca divulgação de retiradas de gratuidade, locais e setores acessíveis nos estádios, se há presença de rampas de acessibilidade, se há banco para acompanhantes, se há elevadores…”, diz Cláudio.
Apaixonado por futebol desde a infância, ele precisou superar um enorme obstáculo para se dedicar ao atual “hobby”. Claudio ficou paraplégico em 2000, quando fazia faculdade de Direito e foi baleado durante uma festa.
O advogado readaptou a própria paixão ao conhecer a sua parceira Karla e assim levar uma mensagem por todos os 159 estádios que visitaram juntos: a da inclusão.
“Eu ficava restrito a estádios próximos [no Rio de Janeiro] e não viajava. Era por desinformação mesmo porque eu não conhecia e achava que não seria capaz. Nunca gostei de depender dos outros e fico até sem graça quando preciso ser carregado. Isso até a Karla me encorajar e a gente pesquisar melhor sobre o assunto”, contou em entrevista recente à revista Placar,
Após bastante pesquisa e um processo de encorajamento, a primeira viagem aconteceu. Uma visita a Buenos Aires, que, coincidentemente, também foi o destino mais recente do casal.
“Esse assunto deveria ser de interesse de todos. Essas rampas e esses acessos são para diversos grupos: obesos, idosos, gestantes, entre outros. Por isso, eu e a Karla mantemos a página, para ajudar”, explicou Cláudio.
Neste fim de semana, portanto, saberemos como está essa questão da acessibilidade nos estádios do Distrito Federal.
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