A Copa do Mundo de 2026 vai marcar uma ruptura histórica para o telespectador brasileiro. Pela primeira vez, o torcedor não dependerá exclusivamente da Globo na TV aberta: serão pelo menos oito canais e plataformas diferentes transmitindo o Mundial – incluindo Globo, SporTV, Globoplay, SBT, N Sports, CazéTV, CBN e Rádio Globo. E com uma particularidade: CazéTV será a única a transmitir todos os 104 jogos. É literalmente um cardápio de Copa, uma Black Friday audiovisual do futebol.
E o ingrediente mais pitoresco desse cenário é outro: Galvão Bueno. A Globo anunciou que tinha aposentado o narrador em 2022. Na prática, o que fez foi libertar Galvão para virar multiplataforma. Galvão virou uma holding. Virou uma fintech de narração. Ele está na Amazon, está na Band para a Fórmula 1 – e agora, oficialmente, volta à Copa do Mundo pelo SBT, em parceria com a N Sports. É o multiverso do “haja coração”.
No final das contas, a Globo achou que estava arquivando Galvão… mas criou um Galvão open source.
E o resultado será inevitável: a Copa 2026 corre o risco de fazer o torcedor perder um jogo – não por falta de transmissão, mas por excesso de opções. Vai ter jogo concorrendo com jogo, tudo ao mesmo tempo, em todas as telas, e o brasileiro vai ter que decidir o que tem menor delay, não o que tem melhor sinal.
Quem transmite a Copa 2026 no Brasil
• TV Globo (aberta) — 55 jogos
• SporTV (assinatura) — 55 jogos
• Globoplay (streaming) — 55 jogos
• SBT (aberta) — 32 jogos
• N Sports (assinatura) — 32 jogos
• CazéTV (YouTube/streaming) — 104 jogos (única com a Copa completa)
• CBN (rádio)
• Rádio Globo (rádio)
