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Futebol ETC
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A batalha final pelo acesso à Série A em 2026

O Coritiba já está no topo da tabela – garantiu o acesso e o título, com 65 pontos – e assiste essa guerra de camarote

Marcondes Brito

20/11/2025 5h43

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A Série B chega ao seu capítulo derradeiro neste fim de semana com um enredo digno de filme de guerra: quatro times vivos brigando por apenas duas vagas, decisões simultâneas, combinações milimétricas e torcidas que vão acompanhar a última rodada com o coração na boca. O Coritiba já está no topo do morro – garantiu o acesso e o título, com 65 pontos — e assiste de camarote ao campo de batalha. Logo abaixo dele, o Athletico-PR tem 62 pontos e um pé inteiro na Série A. O Furacão só cai dessa vaga se um tsunami estatístico acontecer: mesmo perdendo, o saldo favorável praticamente anula qualquer risco de ultrapassagem. Com isso, restam duas vagas e quatro candidatos em condições reais, cada um com seu drama particular.

Criciúma e Goiás, ambos com 61 pontos, largam na frente como os soldados mais bem posicionados nessa reta final. A matemática deles é simples: vencer significa acesso imediato, sem olhar para lado nenhum. Um empate também resolve para ambos, porque obrigaria Chapecoense e Remo a alcançarem 62 pontos — algo impossível sem vitória. A dor de cabeça aparece apenas se Criciúma ou Goiás tropeçarem. Uma derrota, para qualquer um dos dois, abre a brecha para que Chapecoense ou Remo entrem no G-4. O risco existe, mas eles ainda controlam boa parte do próprio destino.

Logo atrás, a Chapecoense chega com 59 pontos e um filme já conhecido: depende de si para vencer, mas precisa secar os rivais. A conta é clara — só a vitória interessa. Se fizer os três pontos, a Chape salta para 62 e passa imediatamente quem tropeçar entre Criciúma e Goiás. Mas não basta empate. Se não vencer, dá adeus à disputa sem nem olhar a tabela de saldo de gols. A torcida verde vai assistir ao próprio jogo e, ao mesmo tempo, acompanhar com atenção cada ataque de Criciúma e Goiás, torcendo por uma derrota de pelo menos um deles.

O Remo, também com 59 pontos, entra na rodada como o personagem mais dramático dessa história — o que precisa de vitória e de uma combinação dupla de resultados. Vencer é obrigatório. Só assim chega aos 62 pontos. Mas, além disso, torce para que a Chapecoense não vença seu jogo, para não perder a disputa no saldo de gols, e precisa que Criciúma ou Goiás percam. Se apenas um dos dois cair, o Remo aproveita a brecha e assume a última vaga. É um daqueles cenários que mantêm o torcedor azulado com o rádio em uma mão, o celular na outra e o coração acelerado.

Assim, a rodada final da Série B será uma batalha simultânea, com atenção dividida entre quatro estádios, tabela atualizada minuto a minuto e variações de cenário a cada gol marcado em qualquer jogo. O Coritiba observa de cima, o Athletico-PR praticamente toca o céu, e abaixo deles uma disputa feroz promete emoção até o último segundo. No domingo, não será apenas futebol — será sobrevivência, estratégia, drama, esperança e, acima de tudo, a luta final por um lugar na Série A de 2026.

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