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A antiseleção do ano: ‘Falha de Cobertura’ aponta os piores do Brasileirão

A seleção que ninguém quer ganhar: portal humorístico escolhe os piores de 2025

Marcondes Brito

19/12/2025 5h06

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Fim de temporada no futebol brasileiro costuma ser tempo de homenagens. Surgem seleções para todos os gostos. A Bola de Prata, da ESPN, segue como o prêmio mais tradicional, técnico e longevo do país. A CBF também divulga sua seleção oficial, com os melhores do Campeonato Brasileiro.

Mas nem todo mundo brilhou em 2025. E alguém resolveu olhar exatamente para esse outro lado do jogo.

O programa Falha de Cobertura, em que os humoristas Daniel Furlan e Caito Mainier dão vida à dupla de jornalistas Craque Daniel e Cerginho da Pereira Nunes, elegeu esta semana a seleção dos piores jogadores do Brasileirão de 2025, posição por posição.

A proposta é simples e justamente por isso eficaz: usar o humor para retratar uma temporada marcada por decepções, expectativas frustradas e desempenhos muito aquém do que se esperava.

Com quase 200 mil seguidores no Instagram, o Falha de Cobertura se consolidou como um dos espaços mais inteligentes de humor futebolístico no país. A ironia é sempre o fio condutor, mas sem apelação, sem xingamento e sem transformar crítica em ofensa.

O prêmio entregue aos “eleitos” atende pelo nome de Troféu Lucas Mugni, uma referência a Lucas Andrés Mugni, meio-campista argentino que passou pelo Flamengo cercado de expectativa e acabou virando símbolo de frustração. Mas, como certas tatuagens mal pensadas, o apelido atravessou os anos e ganhou status folclórico no imaginário do torcedor.

Hoje, Mugni defende o Mirassol, depois de passagem pelo Ceará, e até vive um momento razoável na carreira. Ainda assim, além de virar troféu, ganhou um lugar no “time”

O detalhe final é o mais simbólico: o troféu é esculpido à mão em sabonete, material que muda a cada edição, podendo ser de coco, babosa ou outro similar. Uma metáfora perfeita para atuações que simplesmente escorregaram ao longo do campeonato.

A seleção dos piores de 2025 ficou assim:

Jandrei, do Juventude

Emerson Royal, do Flamengo

Lyanco, do Atlético Mineiro

Zé Ivaldo, do Santos

Bernabei, do Internacional

Hugo Moura, do Vasco

Lucas Mugni, do Ceará

Oscar, do São Paulo

Lucas Lima, do Sport

Hulk, do Atlético Mineiro

Neymar, do Santos

O comando técnico ficou com Ramón Díaz, do Internacional, enquanto a presidência simbólica foi atribuída a Augusto Melo, ex-Corinthians.

Entre os nomes que receberam a premiação pouco elogiosa estão atletas consagrados. Hulk aparece pelo ano decepcionante no Atlético Mineiro. Já Neymar entra na lista por um conjunto de fatores: pouco rendimento, muitas ausências e uma temporada em que o Santos flertou com o rebaixamento até a última rodada do Brasileirão.

Não se trata de apagar carreiras nem de desmerecer trajetórias. A seleção dos piores funciona como uma fotografia bem-humorada de um ano que, para alguns, é melhor guardar na gaveta de baixo da memória.

Enquanto uns levantam taças douradas, outros ficam com o sabonete.

E o torcedor, no fim das contas, agradece a chance de rir do futebol – porque rir também é uma forma de entender o jogo.

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