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Reforma mantém poderio de políticos endinheirados

Arquivo Geral

10/10/2017 12h00

A tímida reforma aprovada na última semana a toque de caixa na Câmara e no Senado e sancionada pelo presidente Michel Temer revelou, novamente, o corporativismo da classe política ao manter regras que privilegiam, por exemplo, candidatos endinheirados. Um dos principais articuladores para a manutenção do autofinanciamento – sem limites – foi o milionário presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) que, em 2010, doou R$ 1,63 milhão em recursos próprios ou de suas empresas para a campanha que o elegeu ao Senado. Em 2014, quando concorreu ao governo do Ceará, Eunício arrecadou das próprias empresas e de doadores – como Odebrecht e JBS – mais de R$ 43 bilhões.

Rei da soja

O senador Blairo Maggi (PP), atualmente ministro da Agricultura, foi o maior financiador da própria campanha que o elegeu ao Senado em 2010, com R$ 782,8 mil.

Relator

Em evidência após a assumir a relatoria da segunda denúncia contra Michel Temer, o deputado tucano Bonifácio de Andrada (MG) também integra a fila de parlamentares endinheirados: doou R$ 813 mil para a própria campanha em 2014.

Distorções

O deputado petista Henrique Fontana (RS) defende que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) “corrijam o que chama de distorções e vetem o autofinanciamento livre e as altas contribuições de pessoas físicas”.

CAIXA preta

Continua o mistério na Caixa sobre patrocínios para eventos nos últimos anos. A Coluna perguntou e a a ssessoria se limitou a informar que estão no D.O. Não bastasse a preguiça oficial, a malemolência da mesma resposta se estendeu até ao serviço da Lei de Acesso à Informação.

Basta

Ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirma à Coluna que o País vive a crise “mais delicada” de sua história ao defender o pedido de impeachment do presidente Michel Temer apresentado pela entidade em agosto. O advogado, que presidiu a OAB à época do governo Lula, critica as reformas e a venda de estatais empreendidas pelo governo do peemedebista. “É preciso dar um basta”, resume.

Janot

Cezar Britto avalia que o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, exagerou demais na saída do cargo: “Segurou processos e exagerou perdendo a credibilidade que teria se tivesse agido com mais calma – sem muito açodamento”.

Dodge

O ex-presidente da OAB afirma esperar que a sucessora de Janot, Raquel Dodge, “reconheça a importância da defesa das pessoas e acabe com essa lógica que todo mundo é culpado até que se prove o contrário”.

Enxame no finger

Urubus e outros pássaros são passado no risco de operações de voos. Pilotos e passageiros tiveram novo desafio ontem no início da tarde em Cumbica (Guarulhos), por causa de enxame de abelhas na frente de um dos fingers, que atrasou pelo menos um desembarque.

Mal do Brasil

Em qualquer país do mundo a tragédia da creche de Janaúba (MG) seria tratada como atentado terrorista. Em vez disso, as autoridades não apareceram para confortar a família dos pequenos que se foram. O presidente da República se escondeu no Palácio. O governador Pimentel passou por lá. 

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