A prisão do ex-ministro Paulo Bernardo (PB) é parte de uma tragicomédia ocorrida em agosto de 2011, quando a Polícia Federal soltou a Operação Voucher contra quadrilha no Ministério do Turismo. PB estava com um dos alvos na sala vip da Presidência no Aeroporto de Congonhas, quando recebeu voz de prisão por engano. O alvo estava sentado ao lado. Amarelo de pasmo, Bernardo se borrou todo. Ontem, o susto foi menor. Soltou um riso sem graça, cabisbaixo, e seguiu o delegado para a viatura.
Altar na cela
O advogado de PB e Gleisi, Guilherme Gonçalves, com prisão decretada, estava ontem em Coimbra, Portugal, onde pediu a mão da noiva em casamento. Ela aceitou.
No meu, não!
Gleisi e o PT consideraram absurda a operação de busca no apartamento funcional. Quando houve o mesmo com o senador Fernando Collor, o partido não soltou uma letra.
PF na ANTT
O corre-corre de funcionários em gabinetes da ANTT na sexta, por causa de viaturas da PF na sede, tem motivo. Foi a pedido do próprio órgão que delegados e agentes apareceram. A pauta foi a insegurança vivida por fiscais ameaçados nas estradas.
PMDB em baixa
Maré ruim para o PMDB de Eduardo Paes no Rio. Pesquisa do GERP coloca os candidatos Crivella (PRB), Freixo (PSOL) e Jandira (PCdoB) nos primeiros lugares. O preferido do prefeito, Pedro Paulo, está lá atrás. É aquele acusado de espancar a mulher.
Achaque na CPI
O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) protocolou denúncia na Procuradoria-Geral da República para que Janot apure possível crime de extorsão de deputados da CPI do Carf. Eles estariam achacando empresários, para não serem convocados.
Sangue nos olhos
Apontou o dedo em riste o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para Lindbergh Farias (PT-RJ) no corredor da comissão do impeachment, na terça. “Daqui a pouco eu volto para te responder!”, gritou Jucá. Ao que o petista rebateu, irônico: “Venha!”
Laço no Boiadeiro
A PF procura em Goiás um Euripedes, que pegou R$ 800 mil no Caixa 2 da Odebrecht, na campanha de 2014, para parlamentar federal apelidado na empresa de “Boiadeiro”.
Fazendo sala
O ministro Mendonça Filho, da Educação, rechaça que esteja longe dos parlamentares. Levantou a agenda: recebeu 83 deputados e 23 senadores em pouco mais de um mês.
Fogo na CGU
Com a lista tríplice de nomes apresentada por servidores para cargos de chefia, o ministro da Transparência, Torquato Jardim, topou nomear uma secretária. Ok, tudo indo bem, até ele demitir o chefe da Corregedoria, Marcelo Viana, querido do grupo.
Debandou
Viana era responsável pelos acordos de leniência com as empresas citadas na Lava Jato e o preferido das categorias para o cargo. Foi substituído por outro de carreira. Por solidariedade, uma corregedora-adjunta substituta pediu exoneração.