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Esplanada
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Novo risco

Leandro Mazzini

29/05/2018 13h38

A paralisação de três dias – quarta a sexta – dos petroleiros pode interromper a produção de combustíveis nas refinarias da Petrobras e causar estrago nas ruas maior que a dos caminhoneiros. A petroleira é responsável por 90% da produção no País. As reservas nas refinarias são escassas diante do alto consumo. Técnicos consultados pela Coluna informam que o cenário pode piorar se desligarem a produção: o ‘religamento’ do sistema envolve procedimentos que duram dias, e não horas. A paralisação foi anunciada pela Federação Única dos Petroleiros, ligada à CUT.

Rio-SP

Dois aeroportos não sofrem de imediato eventual paralisação. Galeão e Cumbica são abastecidos por dutos diretos de refinarias. E têm grandes tanques de reserva.

Efeito no campo

A Bahia Farm Show, maior evento do agronegócio do Nordeste, em Luís Eduardo, adiou a feira para 5 a 9 de junho, por causa da greve. E ainda corre risco

Sem noção

Com milhares na fila para remarcar voos, e gente com galão nas costas nos postos, o ministro Carlos Marun gravou vídeo a bordo de jatinho da FAB defendendo o Governo.

E agora, Paulão?

Quando o preço dos combustíveis subia diariamente, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), ria à toa, pois o ICMS é de 29% sobre os produtos. Hoje, com os postos ‘secos’, não dá uma palavra. Em tempo, o ICMS de São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro sobre o combustível é de 12%.

Sem tabaco

A Agência Nacional de Saúde Suplementar realizará roda de conversa com funcionários para sensibilizar quanto aos danos causados pelo tabagismo e apresentar o Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

Planejamento

O Rio de Janeiro poderia ter sofrido mais com a falta de combustíveis. Há 20 anos, a rede de GNV pulou de 19 postos na capital para 540 em todas as cidades. São mais de 1 milhão de veículos movidos a gás. O plano foi do então secretário de Energia, o engenheiro Wagner Victer.

Consultoria

Victer, hoje secretário de Educação, foi o consultor do gabinete de crise do Palácio Guanabara no fim de semana. E na contramão de outros Estados, manteve aula na rede.

Dedo na tomada

Contrários à venda da Eletrobrás, os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Danilo Cabral (PSB-PE) são autores, no total, de 102 emendas. Já o vice-líder do Governo, Leonardo Quintão (MDB-MG), quer derrubar o texto do relator José Aleluia com voto em separado. Propõe que as ações das quatro principais subsidiárias da Eletrobrás (Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul) sejam vendidas sem desestatizá-las.

Lei de Anistia

A revelação da CIA com a confirmação de que o ex-presidente Ernesto Geisel autorizou a execução de opositores do regime militar reforça a necessidade de revisão da Lei de Anistia. A afirmação é do ex-procurador-geral da República Cláudio Fontelles.

Sem Prescrição

O jurista diz que a Constituição de 1988 é clara: crimes como homicídio e tortura praticados por agentes do Estado não prescrevem: “O STF já se pronunciou, mas não houve trânsito em julgado. É hora de o Supremo Tribunal Federal se pronunciar”.

Profeta..

O ex-presidente do, Carlos Ayres Britto, prevê que o Brasil terá uma “vistosa novidade” nas eleições de outubro. “Merecemos isso, pois estamos muito mais exigentes, muito mais vigilantes, muito mais responsáveis e conscientes das coisas”.

..Otimista

À Coluna, Ayres de Brito usa a metáfora “profundidade do poço” sobre desvios de condutas dos agentes públicos. “O Brasil tem identidade coletiva. Se de dia pessoas puxam o Brasil pela gola da camisa ou pela aba do paletó para dar um passo para trás, de noite o Brasil por conta própria dá dois passos para frente”, resume otimista.

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