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Esplanada
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Grito sindical

Leandro Mazzini

22/10/2017 12h00

As centrais sindicais pressionam o presidente Michel Temer a enviar para o Congresso Nacional um projeto de lei para extinguir o imposto sindical gradativamente, por cinco anos, e não imediatamente como determinou a reforma trabalhista. O maior lobby é do deputado Paulinho da Força Sindical (SD-SP). Temer assentiu, consultou os líderes da base no Congresso e descobriu outro problema: a Câmara Federal, com perfil patronal, não aceitará o envio de uma Medida Provisória sobre o tema como o presidente propôs.

 

Unido$

Os sindicatos dos trabalhadores conquistaram o apoio também de algumas associações patronais na questão do fim gradativo do imposto.

 

Tabelinha

As reuniões e lobbies dos sindicatos não se resumem à agenda presidencial. Vários ministros já foram visitados, e estes cobram também o presidente Temer.

 

Mais uma

Os sindicatos preparam nova greve geral para fim de novembro, caso Temer não dê sinais de avanço na demanda. E, com a esperada quebradeira na Esplanada.

 

Eco

“Somos favoráveis à transição. Temos que nos adaptar as novas regras e buscar financiamento voluntário”, diz João Diniz, da Central Brasileira do Setor de Serviços.

 

Delação em risco

Está em curso nos bastidores do Congresso um movimento suprapartidário para aprovar, nos próximos dois meses, o projeto que muda as regras da delação premiada. A articulação conta com a anuência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e apoio declarado de parlamentares da cúpula da CPMI da JBS-BNDES.

 

Só livre

A proposta que restringe os acordos de delação, do deputado Wadih Damous (PT-RJ), já está pronta para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara antes de seguir para o plenário. O texto, relatado pelo também petista Paulo Teixeira (SP), estabelece que só será aceita a delação premiada de quem estiver em liberdade.

 

Prós e contras

O presidente da CPMI da JBS, Ataídes de Oliveira (PSDB-TO), declara abertamente que chegou a hora de “aprovar uma lei que regule os acordos de delação e colaboração premiada”. Em entrevista à GNews, o juiz Sérgio Moro criticou o tema. Defende que a delação é uma forma de o preso também se defender, não só acusar.

 

Guerra fiscal

Sabe quanto os Estados perdem por ano com isenções fiscais em prol da geração de empregos, nem sempre garantidos? São R$ 200 bilhões, indicam técnicos da Receita.

 

Do seu, do nosso

Aliás, nessa guerra fiscal dos Estados, quem morre no campo de batalha é o trabalhador assalariado, que paga mais caro na maioria dos serviços e no preço final dos produtos.

 

No, thanks

Está cada vez mais difícil para a União empurrar goela abaixo dos governadores dos Estados produtores de petróleo o Repetro, de isenção fiscal ao setor. Ainda mais agora com a retomada forte de exploração no pré-sal com as maiores do mundo em ação.

 

CREA nele!

Não bastasse a má reputação na praça, o Governo Temer conseguiu a ira de uma das classes mais poderosas e unidas, a dos engenheiros. O presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Carlos Bastos Abraham, classifica como “descabida” a intenção de alterar a regulamentação e abrir o mercado para profissionais estrangeiros.

 

Turma do concreto

Nos últimos dois anos, de acordo com levantamento do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (Sinicon), foram fechados mais de 800 mil postos de trabalho na construção geral. Este é um dos setores que mais empregam no País.

 

Não à JBS

A tropa de defesa da JBS e J&F tentou, mas não conseguiu obter acesso aos documentos sigilosos que chegaram à CPMI que apura irregularidades envolvendo as empresas do grupo em operações com o BNDES e BNDESPar.

 

Restrição

Em sucinta resposta ao pedido dos advogados do grupo, o presidente da comissão, Ataídes Oliveira (PSDB-TO), sublinha que as informações já chegaram à CPMI devidamente classificadas de acordo com o grau de sigilo que foi atribuído na origem.

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