A fragmentação dos partidos de esquerda terá reflexos nas eleições municipais deste ano. Apesar do discurso de caciques das legendas que pregam a união para “derrotar o bolsonarismo” nas urnas e chegar mais forte à disputa presidencial em 2022, a oposição ainda não superou as cisões de 2018 – principalmente PT e PDT – e enfrenta divergências regionais. No Nordeste, por exemplo, o PT, que tem quatro governadores na região, pretende lançar candidaturas próprias na maioria das capitais.
Há divergências também em outras regiões – como Sul e Sudeste – onde PSB, PCdoB, PDT e Psol não abrem mão de lançar candidaturas.
Apesar do cenário incerto sobre alianças, parlamentares esquerdistas dizem apostar na baixa popularidade do governo Bolsonaro para vencer as disputas. Nas últimas eleições municipais, em 2016, legendas de esquerda fizeram apenas 8 dos 26 prefeitos de capitais.