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Cias aéreas vão cobrar explicações de ABEAR sobre propinas

Leandro Mazzini

15/05/2019 15h14

Atualizada 17/05/2019 4h52

O até agora tranquilo céu de brigadeiro de Eduardo Sanovicz, presidente da ABEAR – Associação Brasileira de Empresas Aéreas, ganhou nuvens turvas para as próximas semanas. Sanovicz já prepara explicações – que dificilmente serão compreendidas, diante do humor dos executivos das companhias – depois de ser jogado na turbulência por um dos herdeiros da Gol Linhas Aéreas.

Henrique Constantino, em sua delação premiada homologada pela Justiça, no Anexo 7, diz claramente que a ABEAR intermediou propina para Marco Maia, Romero Jucá, RTurodrigo Maia, Edinho Araújo, Vicente Cândido, Bruno Araújo, Ciro Nogueira e outros parlamentares e ex-parlamentares.

Executivos das aéreas signatárias da ABEAR estão em contatos para decidir se abandonam a associação ou se atiram Sanovicz desse avião em chamas.

Nas cabines de comandos das grandes aéreas, o que se comenta é que Constantino pulou de pára-quedas, mas Sanovicz pode ser empurrado ao vento, e sem o equipamento.

Sanovicz é ligado à ex-senadora Marta Suplicy, foi presidente da Anhembi Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo, quando ela foi prefeita, e já foi alvo do MP paulista por improbidade administrativa em contratações de funcionários sem concurso.

A ABEAR informa que “desconhece os fatos e o teor da delação premiada”, e completa: “Caso a entidade seja procurada pela justiça para esclarecimentos, estará à disposição”.

Fusão parada

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, com papel centralizador da pasta, não tem dado conta do recado, os fatos mostram. O plano de reestruturação de parte das agências reguladoras não saiu do papel.

Antes de assumir a pasta, ele alardeara que um dos objetivos da extinção da Agência Nacional de Transportes Terrestres e da Agência Nacional Transportes Aquaviários seria acabar com o aparelhamento político e indicações de diretores vinculados a partidos.

Em abril, o Ministério da Infraestrutura criou um grupo de trabalho para, entre outras atribuições, fazer revisão da estrutura administrativa nas agências, “apontando eventuais necessidades de ajustes”. O grupo tem prazo de 90 dias para apresentar um relatório conclusivo à Secretaria Executiva do Ministério.

Enquanto isso, o ministro Tarcísio segue sua rotina. Foi visto por fonte da Coluna em companhia de bela assessora da pasta num almoço, com vinho à mesa, dia 26 de abril, na caríssima Churrascaria Fogo de chão. Ainda bem que tem motorista. Porque beber em dia de trabalho dá sono, e se polícia pega ao volante, dá multa e cadeia.

Falta explicar

A grande maioria da população (60,8%) entende lhufas da proposta de Reforma da Previdência. O índice se acentua entre o público alvo, acima dos 60 anos (62,2%), mostra sondagem nacional da Paraná Pesquisas.

FBC x Moro

O senador e líder do Governo Fernando Bezerra Coelho não dá ponto sem nó. Como relator da reforma administrativa foi duramente criticado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. FBC, como é conhecido o senador, manteve o COAF sob o bojo da Justiça. Embora tenha sido voto vencido, FBC deu sinal de aliança.

Coluna nas rádios

A coluna ganhou mais espaço em rádio. Este humilde colunista estreia no domingo como comentarista político no programa ‘Ponto e Vírgula’, da Rádio JK em Brasília, uma das líderes de audiência no DF. Além da participação ao vivo todas as segundas e quintas na rádio Globo Rio Preto (SP), para 40 cidades do Noroeste Paulista.

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